Oriundo da Polícia Federal onde trabalhou por 10 anos e deixou para seguir carreira no Ministério Público do Tocantins, especificamente no Tribunal do Júri de Palmas, Cesar Roberto Simoni, defendeu que o Estado do Tocantins está com as mãos, praticamente, amarradas, decorrente a situação financeira ser “lastimável com comprometimento de 52% de toda receita líquida” na Folha, ultrapassando o Limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede, além de investimentos, a nomeação dos novos delegados que foram aprovados no último concurso público.
“Estamos buscando os recursos que ainda têm. Em um prazo curto vamos repor os carros nas delegacias de polícia. Não posso fazer a mesma garantia a respeito dos delegados porque entra um outro problema, pois temos um concurso pronto e só falta fazer academia, mas na hora que jogarmos 100 delegados na Folha de Pagamento nós aumentando o limite legal da LRF que já está extrapolado porque 100 delegados vai custar R$ 1,5 milhão ao mês”, explicou.
De acordo com secretário a única alternativa que a SSP tem é trabalhar com os delegados disponíveis. “Nós reunimos com delegados de Gurupi e já fizemos a mesma reunião em Palmas e vamos fazer em Araguaína em busca de alternativas para que o delegado trabalhe por três ou por quatro. É a única solução que temos e eles vão trabalhar porque o delegado tem a polícia no sangue e não dá conta de ver um bandido não ser preso porque ele não lavrou o flagrante”, explicou.
Ação de inteligência:
O secretário defendeu uma ação de inteligência pró-ativa por parte da Polícia Civil que alimente as investigações. Para isso ele afirmou que pretende instalar em Gurupi e Araguaína duas equipes do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) da Polícia Civil nessas cidades para agir em conjunto com a equipe de inteligência que está sendo montada.
“Não vamos prostrar ao crime e vamos combater com inteligência e trouxe para agrupar conosco um policial da Polícia Federal da área de inteligência e estamos investindo forte na inteligência porque nós temos que trabalhar com dados e operar cirurgicamente para combater a fonte da onde sai e faz o crime”, noticiou o secretário.