Bianca Vilela, fisiologista alerta que nesses últimos dois anos de confinamento, uma série de novos hábitos passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas.
Dividir o tempo entre afazeres domésticos e compromissos profissionais foi o primeiro desafio.
Não demorou para que as empresas notassem que a produtividade cresceu! Uau!
Na sequência, o que as pessoas perceberam é que as horas de trabalho é que aumentaram descomunalmente.
Somado a isso está ainda a administração das tarefas dos filhos, os cuidados com o relacionamento, alimentação, etc., etc., e tudo pode se tornar muito pesado e estressante.
O resultado é que uma pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 33 países mostrou que 42% dos entrevistados, no Brasil, relataram alto consumo de álcool em 2020, durante o período de pandemia e isolamento.
Um outro estudo, realizado nos Estados Unidos e publicado no American Journal of Drug and Alcohol Abuse, revelou que as chances de consumo de álcool entre bebedores compulsivos (homens que consomem 5 bebidas ou mais em 2 horas e mulheres que ingerem 4 bebidas ou mais no mesmo período) aumentam em 19% a cada dia de lockdown.
O problema é que as pessoas costumam dizer que bebem socialmente. Mas o que é o beber socialmente? Em uma festa, um evento esporádico? Ou todos os finais de semana?
No isolamento, naquelas “lives” familiares ou com amigos, virou “charminho” aparecer com taças de vinhos e gins? Ou ainda pra “relaxar” no final do dia, porque afinal, não anda nada fácil administrar tudo isso?
E agora, com a volta dos happy hours, está cada vez mais comum notarmos que as mulheres se tornaram grandes consumidoras de bebidas alcoólicas. Não há nada mais comum do que mesas com 2, 3 amigas e muitas garrafas sobre as mesas
E tudo isso com muito glamour, incentivado, pela mídia, e até pelo comércio!
Como em produtos como essa camiseta. É ou não é a glamourização do álcool?
Tudo parece muito bonito e divertido!
Mas é necessário saber os malefícios que essa droga lícita causa para o organismo.
Bianca ressalta que o consumo do álcool interfere desde a qualidade do sono, ao rendimento profissional…, de treino para esportistas, etc., chegando a casos mais graves, que podem até mesmo levar a morte.
Bianca Vilela é mestre em fisiologia do exercício pela Universidade Federal de São Paulo, palestrante e desenvolve programas de saúde para grandes empresas por todo o país, há mais de 15 anos. É autora do livro RESPIRE – Sua jornada diária para alcançar a máxima performance.