Por Wesley Silas
A Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu (PMDB), deu carta branca para que os produtores organizem a cadeia produtiva de Ovino e Caprinos e, também da piscicultura para que a região seja um pólo industrial deste segmentos visando abocanhar os mercados de Brasília, Goiás e do Tocantins.
A ministra iniciou sua palestra citado o exemplo do frigorífico de peixe que fechou as portas em Aliança do Tocantins. Ela apontou que o empresário construiu o frigorífico por sua “conta e risco” e faltou articulação de todos para que não faltasse peixe.
“Nós chamamos o dono do frigorífico e ele já foi até o Sebrae e nós sabemos do que ele precisa. […] Vou passar recursos para vocês de horas/maquinas para tanques cavado para nós reabrirmos o frigorífico de peixe”, garantiu a ministra.
Ovinocultura
Durante o evento foi exposto o potencial de mercado de Ovino e Caprinos nos restaurantes, churrascarias, açougues e Supermercados em Brasília, Goiânia e Palmas, somados consomem cerca de 14 mil quilos por me, representando 11.400 cabeças por ano.
“Há dois anos nós contratamos a elaboração de um plano de negócio para trabalhar o projeto de implantação um pólo de carneiro na região Sul do Tocantins. Estamos em articulação com os estados do Paraná, por meio de uma grande Cooperativa que existe lá, considerada com uma das maiores da America Latina, e eles estão nos ajudando a repassar os seus técnicos, inclusive, vão morar no Tocantins para nós criarmos uma Cooperativa”, disse a ministra.
A ministra citou que os Bancos do Brasil, Amazônia e Caixa Econômica dispõem de linhas de créditos para os produtores e eles ainda receberão qualificação técnica gratuita no período de dois anos.
“Vamos dar 200 horas de qualificação profissional, sendo 160 horas de qualificação e aulas práticas e, 40 horas de gestão da propriedade para que o produtor possa melhorar a sua capacidade”, disse.
Kátia Abreu garantiu ainda que em dois anos o frigorífico e a indústria de ração deverão ficar prontas.
“Em dois anos o Zé Pequi vai terminar o frigorífico porque da minha parte ele pode contar e pode ter ajuste que for que terá o dinheiro para o frigorífico e à fábrica de ração”, disse.
Esperança
O Carmélio Alcântara considerou que a implantação de um frigorífico na região evitará o abate clandestino e abertura de mercado.
“Estamos almejando há muitos anos um local para que possamos abater os animais, não de forma clandestina, mas, que possamos vender em qualquer Supermercado. Isso nos deixa com muita esperança para que a cadeia produtiva dos ovinos poderá andar e assim os consumidores possam deixar de comprar em Palmas as carnes do Uruguai e possamos consumir a carne tocantinense”, disse Alcântara.
A facilidade de criar e manejar em relação aos bovinos foi lembrada por Alcântara
“É um animal fácil de criar e manejar, mas, merece ter uma atenção permanente pois dá maior rentabilidade que um bovino. A gestação de uma ovelha é de 150 dias e com mais 150 dias você leva o borrego (carneiro novo) para abate com 15 a 18 quilos de carcaça e com preço superior ao bovino”, disse.
O produtor afirmou que desde o ano de 1992 ele trabalha com ovinocultura no município de Dueré e desde 2007, quando fechou o frigorífico de Alvorada, ele começou a investir na genética.
“Partirmos para a qualidade genética e conseguimos adaptar os animais para o clima do Tocantins por que quando eles eram trazidos de outras regiões eram criados em confinamento e quando colocávamos nos pastos eles começavam a definhar e até morriam”.
Presença
O Seminário Nacional da Cadeia Produtiva da Ovinocultura, ocorrido em Aliança do Tocantins, promovido pelo Sebrae Tocantins, contou com a participação de diversas lideranças e produtores da região Sul do Tocantins. Dentre os convidados estavam o senador Donizeti do PT, dos prefeitos de Paraíso Moisés Avelino (PMDB), de Gurupi Laurez Moreira e Aliança do Tocantins José Pequi (PT); o presidente do TCE, Manoel Pires; e o superintendente do Sebrae Tocantins, Omar Antonio Hennemann; o superintendente da FAET; Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Pedro Ferreira; e, representando o Governador Marcelo Miranda, estava o Secretário da Agricultura e Pecuária, Clemente Barros.