Por Redação
A publicação foi disponibilizada no site da instituição, www.fieto.com.br (link Estudos e Pesquisas) nesta segunda-feira, 30/10.
“A Elevada Carga Tributária encarece o custo de produção e diminui a competitividade do setor. Aliado a isso, os empresários enfrentaram dificuldades na obtenção de crédito, o que pode ter também contribuído para redução da expectativa de investimento”, aponta a coordenadora da pesquisa na FIETO, Gleicilene Cruz.
A insatisfação mostrada na Sondagem por meio do indicador de Acesso ao Crédito pode ter relação com a alta na taxa de juros. O indicador relacionado ao crédito registrou tímidos 38 pontos, quando a linha divisória que mostra satisfação com este item é de, pelo menos, 50 pontos. O indicador de intenção de investimento sofreu uma queda de 5 pontos ao registrar 51 pontos no período pesquisado.
Ao avaliar a expectativa do empresário industrial, a pesquisa mostra queda em todos os indicadores, exceto sobre a quantidade exportada (60 pontos – 3 acima da pesquisa anterior). Contudo, os valores seguiram acima da linha divisória dos 50 pontos, o que indica que os empresários estão com expectativas otimistas quanto a demanda interna e externa (53 pontos), em relação ao número de empregados (53 pontos) e a compra de matéria-prima (56 pontos), mesmo que de forma menos intensa e disseminada que no mês de julho.
Confiança do empresário (ICEI)
Apesar da pequena queda de 0,5 ponto entre setembro e outubro (passou de 47,7 pontos para 47,2) o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostra que o segmento permanece pouco confiante em relação aos próximos seis meses. Apurado mensalmente, o ICEI do mês de outubro mostrou recuo na confiança do empresário tocantinense da indústria ao permanecer abaixo da linha divisória dos 50 pontos pelo segundo mês consecutivo. Em comparação com o mesmo período de 2022, houve queda significativa de 14 pontos.
Segundo a pesquisa, o que contribuiu para o baixo desempenho do ICEI foram as avaliações em relação as Expectativas, que caiu 1,4 pontos (passando de 52,0 em setembro para 50,6 em outubro). Mesmo com a queda, o indicador segue acima dos 50 pontos, o que indica que os empresários, de forma menos disseminada, permanecem com expectativas otimistas. O estudo destaca que entre setembro e outubro deste ano o indicador de Condições Atuais, um dos que compõem o ICEI, passou de 39 pontos para 40,3, registrando um aumento de 1,3 pontos. No entanto, permaneceu abaixo da linha divisória dos 50 pontos, indicando que na perspectiva dos empresários a situação atual, tanto da economia brasileira quanto de seus negócios, piorou em relação aos últimos seis meses.
Fonte: Najara Barros e Priscila Cavalcante