Wesley Silas
Ando temeroso com esta cidade com seus vários tipos de violência e acontecimentos. Apesar dos blá-blá-blá das redes socais, nunca vi, seja em Gurupi, Estado, País e ou no Mundo um povo tão reprimido e triste como o de hoje.
Temos medo não só da violência urbana, mas também da falta de perspectiva de futuro. Não sabemos o que seremos daqui há três anos, há dois, um mês, ou que irá nos acontecer daqui há uma hora, em poucos minutos ou segundos – nesta mistura agonizante de crises, seja econômica, de valores, identidade e de segurança.
Não falo, exclusivamente, de coisas transcendentais, pois o #ser pelo #ter não perdoa nem as igrejas e religiosos. Mas, pelo ter (drogas ou bens) questiono: Quem será a próxima vítima da equina? Qual a perspectiva de volta quando saímos na porta de nossas casas e, até mesmo, de quando estamos dentro de casa?
Os barulhos das ruas nos incomodam muito. São vários sentimentos que tremem a alma e muitos deles provocados pelas incertezas, sejam econômicas de um mundo sufocado pela quebra da cadeia do emprego decorrente a falta de cliente numa época de discursos pós-modernista decorrente a globalização e cada vez mais individualizado, onde o consumismo e suas consequências trágicas são vistas nessas lojas e supermercados que entopem este povo ansioso.
Nesta angústia o homem tenta preencher sua existência em prateleiras, enquanto, esquecem que boa parte das riquezas das cidades pequenas, como a nossa, são canalizadas para bem longe das nossas fronteiras, aumentando cada vez mais as grandes fortunas.
Nos restam acender a lamparina da consciência e valorizarmos mais quem está ao nosso lado: a família, o vizinho, o necessitado, os produtos que saem das nossas mãos, quem nos defende e, essencialmente, buscara paz verdadeira que não está nas coisas, nas redes socais ou nos outros, mas, fazer com que o nosso interior se acalme para que possamos conseguir ouvir o sussurro da voz de Deus em nossas almas. Este é o meu sentimento de hoje.