Amigos de Adriana Souza procuraram o Portal Atitude para denunciar um perfil fake em uma rede social com a foto da vítima, assassinada há três meses.
Por Régis Caio
Um caso que chamou a atenção foi uma denúncia recebida no Portal Atitude sobre um portal fake em uma rede social que está usando a foto da jovem Adriana Souza, assassinada há três meses em Gurupi.
De acordo com amigos da vítima, a conta atende pelo nome de Juliana Barbosa, mas com a foto da jovem Adriana. “É um absurdo, eu até denunciei na rede social esta página, só que esta pessoa foi e me bloqueou estão usando uma foto da minha amiga que faleceu”, disse Fabíola para o Portal Atitude.

Inquérito das Fake News
Com um início conturbado, no qual até a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou sua inconstitucionalidade, o inquérito das fake news, que nesta quarta-feira, 27, amplia suas investigações com o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão, ganhou robustez ao longo dos últimos meses e se transformou em um dos mais importantes casos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país.
Aberto em março do ano passado para averiguar notícias fraudulentas, ofensas e ameaças que atingem a “honorabilidade e a segurança” da corte, o caso foi iniciado com total desconfiança da opinião pública, que via na apuração até certa arbitrariedade. A abertura do inquérito dividiu inclusive o próprio colegiado, com alguns magistrados criticando a iniciativa.
As fake news, os impulsionamentos ilegais e as manifestações tentam afetar inclusive as eleições do país. A intimidação institucional quer também influenciar nas decisões do Judiciário. E foi explicitada de maneira crua pelo ministro Weintraub na reunião presidencial. Aliás, é curioso perceber que ele se definiu como um militante e não como educador naquela fala e está agora às voltas com a Justiça. O fato é que os atos do bolsonarismo fizeram o inquérito das fake news se fortalecer e encontrar, no meio do caminho, outras investigações fundamentais para a defesa da democracia.