A reunião aconteceu nesta terça-feira, 29, com Campus I do Centro Universitário Unirg e contou com a presença de acadêmicos, professores, a reitoria Lady Sakai e do presidente da Fundação Unirg, Sávio Barbalho que juntos debateram sobre as medidas que poderão ser tomadas para entender o aumento da violência na cidade e assim possam tomar medidas preventivas.
A violência e seus conflitos tornaram-se presente na vida dos gurupienses e medo gera o combustível para os marginais agirem com naturalidade fazendo assim com que os cidadãos atemorizados sejam prezas fáceis.
Acadêmico
Durante a reunião, o acadêmico do 3º Período do Curso de Direito, Leonardo Mota, que também a funcionário da Casa, considerou que o maior patrimônio da instituição que deve ser protegido é o humano.
“Nós temos uma equipe de vigilantes, que independente de estarem armados, precisam fazer a proteção do patrimônio da instituição e eu não o vejo apenas como os prédios, mas, o patrimônio mais importante e o que precisa ser protegido agora, principalmente, são os estudantes e professores”, defendeu Mota.
Reitoria
Em entrevista ao Portal Atitude, a reitora Lady Sakai, afirmou que a instituição tem conversado com o comando do 4º BPM no sentido de abrir um debate para o início de cursos de extensão e pesquisa na área de segurança pública.
“O comando indicou dois cursos que seriam de promotor de polícia comunitária apontado para docentes e técnicos administrativos e outro de agente de polícia comunitária para acadêmicos. Nós vamos fazer uma primeira turma para fortalecer esta discussão dentro da academia e, para isso, nós convidamos o IFTO para participar como instituição de ensino superior”, explicou.
Em seguida a reportagem do Portal Atitude questionou se na Unirg haveria alguma pesquisa para identificar o aumento da violência no município.
“Não, infelizmente. É por isso que falta conhecimento da área para que a gente comece a iniciar este debate e é neste sentido que nós vamos fazer o curso de promotor de polícia comunitária que vai ser o 4º BPM durante os dias 29 e 30 de abril, sendo 30 vagas para docentes da Unirg, 10 vagas para nossos técnicos e 10 vagas para o IFTO. O segundo será de agente de Política Comunitária que será voltado para os acadêmicos com turmas que começam durante os dias 20 e 21 de abril”, explicou a reitora.
Ainda sobre a questão de estudo sobre violência e segurança a reitora completou. “Temos alguns TCC dentro do curso de Direito e nada sistematizado. Por isso nós precisamos puxar esta discussão na área de segurança pública de uma maneira mais efetiva com dados e informações”, disse.
Pensamento da Fundação
O Portal Atitude questionou ao presidente da Fundação Unirg, Sávio Barbalho, se houve demora no agir, diante ao aumento de casos de violência na cidade.
“Antes nós não tínhamos registro de ocorrências internas na instituição e na semana retrasada que teve problema de sequestro e, medidas estavam sendo tomadas. Agora, o que nós temos é um incremento da violência no município que terminou chegando às portas da instituição, como tem chegado à porta do cidadão comum”, justificou Barbalho.
Sávio Barbalho também defendeu a desfetação da Rua que passa em frente ao Campus I do Centro Universitário e a reativação do Ginásio de Esportes, como medida para evitar roubos/furtos nas proximidades.
“Na semana passada estivemos com o secretário de esporte para reativar o Ginásio de Esporte para ter movimento e presença de pessoas, com mais iluminação, mas infelizmente eles disseram que reativação não é prioridade neste momento devido a outras demandas que estão”, explicou.
Segurança armada
Barbalho defendeu em seguida que não adianta contratar segurança armada, se o município e Estado não adotarem providências para garantir a segurança pública.
“Mesmo que eu contratasse uma empresa de segurança armada ela é só intramuros e a legislação no nos permite que fique fora da área da instituição porque qualquer desfecho trágico a minha responsabilidade seria grande. Com isso, se o município, juntamente com o Estado não adotarem providências, em relação a segurança do local, nós vamos ter problemas sérios”, defendeu Barbalho.