No estudo quatro professores da UnirG e dois professores da UFT fazem uma análise da infectividade do Sars-cov-2 no Tocantins, quem tem alta temperatura, baixa densidade demográfica e longo período de estiagem. “Estudos sobre clima e densidade demográfica em São Paulo provém números completamente diferente de cidades do Tocantins”, pontua o professor Geovane Rossone Reis.
por Wesley Silas
O artigo foi publicado na revista britânica European International Journal of Science and Technology, onde foram analisados dados relacionados a infectividade do Sars-Cov-2, que tem como base estudos chineses que descrevem que o vírus tem maior capacidade de disseminação e sobrevida em temperaturas que variam entre 5 e 11 graus celsius e umidade relativa do ar entre 47 e 79%.
“Observamos em uma projeção do Professor John Nicholls – Universidade de Hong Kong) que a maior disseminação no mês de março se deu em áreas geográficas cujas temperaturas variaram entre 5 e 11 graus celsius, como regiões da China, Irã, Itália, Espanha e Estados Unidos”, explica o coordenação do curso de fisioterapia na UnirG, Professor Geovane Rossone Reis.
Conforme o professor foi levando em consideração que o Brasil é um país continental, possui grande variação climática e populacional, onde as medidas de prevenção e isolamento (horizontal e vertical) não deveriam ser padronizadas.
“Estudos sobre clima e densidade demográfica em São Paulo provém números completamente diferente de cidades do Tocantins, cujas temperaturas sem mantém elevada durante todo o ano e a densidade demográfica é muito baixa para uma capital”, disse o professor.
Confira a íntegra da publicação.
Em razão do estudo ter sido feito no início da epidemia em nosso país, o professor enfatiza que trata-se de uma pesquisa não conclusiva, porém analítica.
“Projetamos que o isolamento horizontal em nosso Estado pode acarretar maiores problemas na saúde pública do que a própria disseminação do coronavírus, visto que o impacto econômico reduz a capacidade financeira de muitos e promove o desemprego, gerando menor capacidade da população em prover planos privados de saúde. Isso acaba aumentando a demanda no sistema público de saúde, o que invariavelmente causará um colapso nos hospitais públicos do estado”, enfatizou.
O estuado levou em consideração que uma pandemia é algo muito novo para toda a nossa geração. “Pesquisas mais conclusivas ainda deverão ser desenvolvidas visando a redução dos impactos negativos na sociedade”, disse.
Participaram os Professores Geovane Rossone Reis, Janne Marques Silveira, Érica Eugênio Gontijo e Marllos Peres de Melo, da Universidade de Gurupi, e os Professores Waldecy Rodrigues e Marcos Gontijo da Silva da Universidade Federal do Tocantins.