No inquérito policial, que foi presidido pelo Delegado Regional, Dr. Wlademir Costa Mota Oliveira, ficou comprovado que Rony da Silva Vale, que era o motorista do caminhão, contribuiu decisivamente para o acidente, uma vez que, segundo apontaram às investigações, ele conduzia o veículo em velocidade superior a máxima permitida e, ao passar sobre uma lombada, localizada na TO 010, próximo a entrada de Pedro Afonso, perdeu o controle da direção e atingiu lateralmente o Fiat Uno da Secretaria Municipal da cidade, onde estava Lucas (vítima fatal do acidente) e outras seis pessoas que, deslocavam-se até Palmas em busca de atendimento médico.
Durante às investigações, os Policiais Civis apuraram que Rony, juntamente com outros dois amigos e uma mulher, passaram boa parte da noite anterior ao acidente, ingerindo bebida alcoólica em um bar da cidade. Por volta da meia-noite, ele saiu do local em companhia da referida mulher e se dirigiu até um Setor afastado da cidade, onde permaneceu até às 04hs da madrugada.
Logo em seguida, o indiciado retornou para o centro da cidade e, segundo o que foi levantado pelos investigadores da PC, imprimia alta velocidade ao caminhão, o qual estava carregado de refrigerantes e, ao passar sobre a lombada, perdeu o controle do caminhão provocando o acidente. Na investigação, também ficou constatado que o autor, ao invés de prestar socorro às vítimas, fugiu do local e se apresentou na Delegacia de Colinas do Tocantins, apenas no dia 19 de fevereiro.
Em depoimento, ele alegou que por medo de danificar a carga que transportava, já que o caminhão estava carregado, freeou bruscamente o veículo sobre a lombada e que, após o acidente foi até o automóvel a fim de verificar a condição das vítimas, mas que evadiu-se do local temendo por sua integridade física, uma vez que uma grande concentração de pessoas estava se formando no local. Ele também afirmou que não havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente.
Consequências do acidente
Além da morte de Lucas, o acidente também causou graves ferimentos nas outras seis pessoas que se encontravam no interior do veículo, Fiat Uno. O caso mais grave foi o do motorista do automóvel, que pedeu completamente a visão do olho esquerdo e teve, reduzida em 50%, a capacidade de enxergar do olho direito. A mãe de Lucas, Luciene da Silva França, sofreu graves lesões na face e nas mãos e, ainda hoje, se recupera dos ferimentos. Uma menina, de apenas 03 anos, teve fratura em ambas as pernas, além de uma grave luxação no quadril. Outras duas mulheres, que também estavam no veículo, sofreram apenas escoriações.
Rony da Silva Vale foi indiciado por homicídio doloso , lesão corporal e omissão de socorro. Após a conclusão das investigações, o inquérito foi remetido a Justiça, que o encaminhará ao Ministério Publico Estadual – MPE, que decidirá se oferece, ou não, denúncia contra o investigado. Caso a ação seja proposta, o motorista do caminhão poderá ser levado a júri popular.