A coluna Vida Digital da revista Veja publicou um artigo nesta segunda-feira, 18, sobre o crescente implante de Biochip, dispositivo eletrônico do tamanho de um grão de arroz, no organismo de seres humanos e que já chegou ao Brasil.
Segundo a Veja, o wearable (termo que significa tecnologias para vestir) já é comparado por especialista como acessórios pessoais, como óculos, relógio e pulseira inteligentes. “A oferta é, sem dúvida, atraente. Mas é pouco se comparado ao que vem por aí com os chamados biochips: este são, em certo sentido, a evolução dos wearables”. Em seguida acrescenta: “Itens de fabricantes como LG, Motorola e Samsung (Apple também deve entrar no mercado em breve) já vêm equipados com sensores para coletar dados sobre a frequência cardíaca, consumo calórico e hábitos de sono”.
Com as dimensões de um grão de arroz, esses gadgets (dispositivos) — na prática, pequenos circuitos eletrônicos envoltos em uma cápsulo de vidro cirúrgico — já podem ser implantados em seres humanos, mas, por ora, com funções limitadas. Nos próximos dez anos, contudo, eles poderão fornecer dados sobre o organismo que o abriga. Informações como níveis de glicose, ureia, oxigênio, hormônios e colesterol devem ser as primeiras a serem obtidas a partir de fluidos corporais, como o sangue. Essas substâncias serão analisadas ao passar pelos microcanais presentes na cápsula de vidro: microssensores eletrônicos vão identificar a presença de biomarcadores, parâmetros biológicos que sinalizam se a pessoa está doente ou saudável. Isso permitirá, por exemplo, detectar o trânsito de células cancerígenas ou identificar sinais de um infarto iminente. “Os biochips vão acelerar o diagnóstico das doenças, porque são ultrasensíveis. Isso vai permitir exames de análises clínicas mais rápidos e baratos”, diz Idagene Cestari, diretora de bioengenharia do Instituto do Coração (Incor).
A reportagem aponta ainda que no mercado americano a busca pelo biochips é crescente e no Brasil a competência de registrá-los em seres humano é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Biochips para automatizar tarefas do dia a dia
Nos Estados Unidos, o Amal Graafstra, de 38 anos, implantou em sua mão um chip de identificação por rádio-frequência (RFID, na sigla em inglês) para substituir as chaves do carro e de casa. “Eu queria algo que fosse conveniente como a biometria e mais fácil e barato”, diz o consultor de TI. O microchip só funciona a alguns centímetros do leitor. Como o chip de controle de acesso não tem serventia sem um receptor, Graafstra teve que adaptar a casa, o escritório, o carro e até seu PC para “conversar” com o biochip. Depois, ele implantou um novo chip compatível com NFC, tecnologia presente nos gadgets mais avançados. Agora, ele é capaz de transferir seu cartão de visitas ao aproximar o celular de sua mão.
A revista aponta ainda que hoje, Graafstra mantém uma loja virtual para vender biochips. Chamado de Dangerous Things, o site oferece dispositivos, seringas especiais e bisturis.
Até o momento, cerca de 4.000 pessoas de países como Austrália, China e Rússia já adquiriram o produto. O kit básico contém o microchip e instrumentos necessários para o implante e custa 99 dólares. “A loja ainda é um hobby e rende pouco dinheiro. Estou interessando em explorar as possibilidades, não em ganhar uma fortuna”, diz Graafstra.
A moda já chegou ao Brasil
Segundo a Veja, um dos clientes da Dangerous Things é Raphael Bastos, de 28 anos, morador de Belo Horizonte, Minas Gerais. Depois de buscar, sem sucesso, médicos dispostos a implantar o biochip, ele realizou o desejo em um estúdio de piercing. Hoje, destrava computadores, passa por catracas, destranca portas e liga o carro apenas encostando sua mão esquerda em um leitor. “O procedimento dura 20 minutos. No primeiro dia senti dor, mas no segundo já não sentia mais nada”, conta Bastos. Neste ano, ele vai abrir a Biotek, primeira revenda brasileira de biochips de controle de acesso.
A área de segurança também está de olho nos usos dos biochips
A empresa RCI First Security and Intelligence Advising, responsável pela segurança de 58 entre as cem famílias mais ricas do Brasil, trabalha há quase uma década no desenvolvimento de um modelo usado para rastreamento de usuários. “Implantamos o chip em 258 pessoas, sendo cerca de 48 brasileiros”, diz Ricardo Chilelli, diretor-presidente da companhia. Os implantes foram feitos na região próxima à clavícula para impedir a retirada por meio de amputação de membros. Em 2007, porém, os testes foram suspensos: era necessário aumentar a potência do sinal de localização dos usuários, o que aqueceria excessivamente a pele, causando rejeição. Todos os biochips foram retirados. Recentemente, a dimensão dos biochips foi aumentada, permitindo a colocação de uma bateria maior. “Até o início do ano que vem, queremos encontrar a forma de aumentar a intensidade do sinal sem causar rejeição”, diz Chilelli. (informações da Veja – Vida Digital – Renata Honorato e Claudia Tozetto)
Enquanto a ciência festeja, muitos religiosos Cristãos se arrepiam quando fala implantes de biochip por considerarem que trata-se de um anúncio da chegada anticristo e um sinal da volta de Jesus Cristo, conforme aponta o livro de Apocalipse
“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. Apocalipse 13:16-17