“No Tocantins, o projeto foi abraçado pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão Observatório de Pesquisas Aplicadas ao Jornalismo e ao Ensino – OPAJE, sob a coordenação dos professores doutores João Nunes da Silva e Gilson Porto Junior e está sendo desenvolvido em escolas públicas de Palmas; esse projeto iniciou também em Arraias, através do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Comunicação e Cultura – NUPECC”, João Nunes da Silva.
João Nunes da Silva
Doutor em comunicação e cultura contemporâneas, Mestre em Sociologia e professor da UFT Campus de Arraias. Trabalha como projeto em cinema e educação
Quando o cinema é utilizado para despertar a reflexão e a crítica sobre o cotidiano das pessoas, o que envolve os direitos humanos, temos tudo para uma parceria encantadora a ser aproveitadas nas escolas.
O projeto Inventar com a diferença, feito em parceria entre Universidade Federal Fluminense e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, ainda na gestão de Dilma, coloca em prática alguns anos de experiência e de muito aprendizado envolvendo a militância dos direitos humanos relacionando cinema e educação.
Esse projeto tem sido levado às diversas regiões do país e propiciado experiências inovadoras junto aos estudantes e professores de escolas e universidades.
No Tocantins, o projeto foi abraçado pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão Observatório de Pesquisas Aplicadas ao Jornalismo e ao Ensino – OPAJE, sob a coordenação dos professores doutores João Nunes da Silva e Gilson Porto Junior e está sendo desenvolvido em escolas públicas de Palmas; esse projeto iniciou também em Arraias, através do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Comunicação e Cultura – NUPECC. No momento estão sendo realizadas as oficinas com alunos e professores dos cursos de pedagogia e Turismo
O projeto visa “compartilhar saberes e práticas para que todos aqueles interessados em levar o cinema e os direitos humanos para a educação possam fazê-lo, mesmo que não tenham experiência com técnicas ou com a linguagem audiovisual” (MIGLIORIN, Cezar e outros autores, Inventar com a diferença: cinema e direitos humanos.Niterói, Editora da UFF, , 2014.
Basicamente o projeto incentiva a produção de audiovisual a partir do uso de câmeras digitais ou celulares suficientes para a produção de fotografias e filmes curtos.
Para a realização do projeto conta-se com um material de apoio que inclui cartilhas, DVD com “filmes, trechos e planos comentados para auxiliar os educadores e mediadores a exemplificarem as propostas de exercícios e incorporarem a linguagem audiovisual em suas práticas”(Inventar com a diferença, 2014,pag. 17).
O projeto parte também das primeiras experiências em cinema realizados pelos irmãos Lumière, na França, em 1895. Na verdade, são filmes em torno de 50 segundos, com planos realizados em câmera fixa.
As primeiras experiências no projeto capacitam para fazer leitura de imagens de fotografias, com destaque para o que se vê? Como se vê? O que não se vê?
O projeto é simples, prático e dinâmico e favorece um novo olhar perante o mundo, principalmente reunindo professores e estudantes de escolas públicas e Universidade em torno da temática dos direitos humanos.
O Inventar com a diferença contribui ainda para ampliar a discussão sobre os direitos humanos, tão ignorados e distorcidos em nossa sociedade, pois, tudo o que está relacionado a vida e ao cotidiano das pessoas está estão presentes os direitos humanos.
Com a experiência de produção de audiovisual os participantes têm a oportunidade de perceber melhor o mundo a sua volta e, por sua vez contribuir para a valorização da vida e para as transformações sociais.