Virou rotina. No final da tarde desta quinta-feira, 30, dois homens em uma moto assaltaram um mercado que fica, aproximadamente, 300 metros do Fórum e do Ministério Público de Gurupi. A situação já se tornou corriqueira e os comerciantes da região, envolvendo os localizados na saída para Peixe, cobram por mais segurança. “Aqui já assaltaram os dois postos, os vendedores da feira da saída de Peixe, meus vizinhos do lado e supermercados. Todos já foram assaltados”, disse uma comerciante da região. Já o comandante do 4º BPM diz que muitos dos delinquentes já foram presos até por cinco vezes, mas logo retornam às ruas.
por Wesley Silas
Roubos e furtos nos estabelecimentos comerciais na região da saída para Peixe, próximo a Vila São José e Jardim Sevilha preocupa comerciantes, estudantes e a comunidade de modo geral, que todos os dias estão mais acuados e apavorados com ações de marginais, seja roubo/furto a pequenos objetos como celulares e estabelecimentos comerciais.
“Por três vezes Já fui vítima e a última aconteceu na segunda-feira da semana passada no momento em que eu estava na loja e chegou um rapaz de bicicleta e eu fui atende-lo e ele tirou uma arma de fogo da cintura, pediu o meu celular. Eu saí correndo para fora da loja gritando ladrão e só não levou o dinheiro porque não estava no caixa”, disse a empresário Zélia Leite.
Ela lembra que teve dia que num período de 24h assaltaram um posto de combustível, dois supermercados, uma feirante e uma loja que ficam em um raio de 200 metros.
“Aqui já assaltaram os dois postos, os vendedores da feira aqui da saída de Peixe, meus vizinhos do lado e supermercados. Todos já foram assaltados”, reclama.
O gerente de um dos postos da região também reclama da falta de segurança, diante ação dos marginais na região.
“Geralmente a cada 20 dias, quando não é assalto é arrombamento. Temos outro posto da mesma rede em Gurupi que recentemente foi arrombado um dia após o assalto que aconteceu neste posto”, disse.
Segundo relados dos empresários, o modi operandi dos assaltantes são parecidos e sempre aconteceu com a chegada de uma moto com dois indivíduos, que já conhecem o lugar dos caixas e com uma arma de fogo obriga os funcionários entregarem todo dinheiro.
Geralmente chegam de moto e são dois indivíduos e acho que eles já conhecem o caixa, pois vão direto com arma de fogo e obriga o caixa a entregar todo o dinheiro.
Os policiais passam por aqui e sondam muito, mas deveria colocar uma base por aqui e esperamos que pelo menos pegue estes assaltantes, porque eu acredito que não são os mesmo diferentes, inclusive nossas câmaras de segurança mostra que são pessoas diferentes, até pela altura”, disse o gerente do posto.
O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Flávio Brito, afirmou ao Portal Atitude que todos os casos registrados, a PM disponibiliza equipes para fazer patrulhamento na região. Ele explica que a polícia sempre está presente nos locais de maior incidência.
“Mas, é aquela história, normalmente estas pessoas que praticam são os mesmos clientes de sempre que muitas vezes foram presas pela Polícia Militar e tem caso que até cinco vezes, mas os caras voltam a delinquir. Vamos aumentar o policiamento nesta região incluindo o Jardim Sevilha, nas saídas da IFT e IFTO”, disse o comandante.
Ele lembrou que a implantação da audiências de custódia em Gurupi colabora para que o infrator retorne às ruas devido menor tempo de permanência dos presos.
“Recentemente foi implementado para Gurupi a audiência do custódia que é feita 24 horas após o indivíduo é preso e isso, sem sombra de dúvida, pode influenciar no tempo de permanência destes indivíduos”, defendeu.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Gurupi (ACIG), também comentou sobre o problema. Para ele falta apoio das autoridades e sociedade às ações das Polícias, valorizando melhor os direitos humanos das vítimas, e não dos delinquentes.
“A sociedade vive um dilema que precisa ser urgentemente resolvido, antes de proteger as pessoas, a polícia precisa de nossa proteção. Enquanto as leis protegerem e premiarem o bandido, enquanto uns prenderem e outros soltarem, enquanto não enxergarem os direitos humanos das vítimas, enquanto não decidirmos se criticamos ou apoiamos quem nos defende, enquanto quem manda não tiver pulso firme, coragem e moral para bancar as ações da polícia, enquanto o policial não tiver liberdade para fazer o que precisa ser feito, não adiantará nada apenas reclamar, continuaremos a ver os índices de criminalidade oscilando de acordo com fertilidade do terreno para o crime e a disposição do criminoso para praticá-lo”, disse.