Ministério Público Federal Investiga Rapidez na Multiplicação de Patrimônio para Aquisição de Fazendas
Por Redação
O futuro do juiz federal Alderico Rocha Santos, de 58 anos, está em risco após investigações revelarem uma drástica multiplicação de seu patrimônio, que pode levar à sua aposentadoria compulsória. As autoridades questionam a origem dos recursos utilizados para adquirir duas fazendas no Tocantins, totalizando R$ 33,5 milhões em 2022.
A procuradora Ana Paula Mantovani Siqueira, ao solicitar a aposentadoria compulsória de Santos, ressaltou que o aumento patrimonial do magistrado supera em mais de 10 vezes seu patrimônio declarado em 2008. A velocidade desse crescimento é considerada incompatível com o salário de um juiz.
A reclamação disciplinar foi protocolada na corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Mantovani Siqueira argumentou que as ações de Alderico Santos incluem “atos vedados à Magistratura, gestão de empresa, atos escandalosos e atentatórios à dignidade, honra e ao decoro da função”, além de uso indevido de contatos e posição pública para fins privados.
As investigações descobriram uma série de pagamentos não justificados ao juiz. Em defesa, Santos afirmou que os valores derivam da venda de imóveis e atribuiu seu crescimento patrimonial ao longo tempo devido ao seu trabalho como juiz desde 1997, herança paterna, negócios imobiliários e rendimentos como sócio de um curso jurídico, além de sua atividade na pecuária.
O caso ainda está sob análise e pode ter grandes implicações para a carreira do magistrado, com possível impacto na reputação do Judiciário no estado.