Neste mês completa cinco meses que a obra da construção do Hospital Geral de Gurupi está paralisada, enquanto o início da construção da segunda fase da obra continua aguardando a conclusão do processo de licitação, causando prejuízos às pessoas que necessitam de atendimento e desemprego de mais de 130 trabalhadores que foram demitidos pela empreiteira.
por Wesley Silas
No momento em que o País vive crise na saúde e na economia, a obra do Hospital Geral de Gurupi, a obra da primeira fase que empregou – mês de maio – 135 pessoas continua paralisada.
Questionado pela reportagem do Portal Atitude, o Governo do Estado do Tocantins, por meio da Secretaria da Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos (Seinf), afirmou “que a obra do Hospital Geral de Gurupi (HGG) foi paralisada, temporariamente, em decorrência da necessidade de reprogramação financeira junto à Caixa Econômica Federal, financiadora da obra, para dar condições de funcionalidade ao hospital (subestação de energia elétrica, estação de tratamento de esgoto, serviços de proteção a descargas atmosféricas e instalação de rede de gases medicinais)”, aponta.
A Seinf também manifestou sobre a licitação da segunda fase da obra.
“A segunda etapa do processo de licitação está em fase de elaboração de projetos pela Secretaria de Estado da Saúde”, disse.
Em setembro de 2014, a autora da emenda da construção do Hospital, senadora Kátia Abreu (PMDB), chegou a afirmar durante um comício em apoio à candidatura a reeleição do governador Marcelo Miranda em Gurupi que os recursos no valor de R$ 41 milhões estavam há três anos na conta.
Motivos da paralisação da primeira etapa
Conforme foi levado em uma reportagem do Portal Atitude, no dia 01 de junho deste ano, grande parte dos 135 trabalhadores contratados pela empreiteira foram demitidos e haviam apenas 20 trabalhadores, na obra que parou em seguida, ficando apenas os guardas nesta primeira fase do prédio – que encontra-se 70% concluída. Na época, o reportagem apurou, que os motivo da paralisação da obra aconteceu devido ao não repasse aditivos e reajustes nos valores em conformidade ao INCC – Índice Nacional de Custo da Construção representando um montante de, aproximadamente, R$ 2 milhões, nesta primeira fase da obra avaliada em R$ 27 milhões. Em reposta, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou, em nota, que “processo de pagamento (aditivos e reajustes baseados no INCC) estavão em fase de elaboração e que os demais pagamentos encontram-se regulares”.
Em julho deste ano, o governador Marcelo Miranda (PMDB) declarou ao Portal Atitude que teria determinado aos seus assessores montarem o ‘cronograma para conclusão da obra’. “Convidamos o empresário responsável pela empreiteira para estar amanhã com o Dr. Sérgio Leão para que possamos montar um novo cronograma”, disse na época o governador.
Sobre o hospital
O Hospital Geral de Gurupi prevê a construção de 200 leitos e está sendo esperado para solucionar problemas infraestruturais que prejudicam o atendimento a saúde, envolvendo mais de 250 mil pessoas da região Sul do Tocantins e parte dos Estados de Mato Grosso, norte de Goiás e na região Oeste do Estado de Bahia, como vem acontecendo no Hospital Regional de Gurupi.