O policial civil aposentado, ex-presidente da Câmara e ex-prefeito de Santa Helena, Newton Leite Weba, mais conhecido como “Touro Weba” procurou o Portal Atitude para comentar a sua prisão e de outras 04 pessoas no momento em que eles traziam de Paraíso do Tocantins para delegacia de Gurupi a Betânia dos Santos Andrade, esposa de Julimar Reis Vieira, acusado de estelionato que gerou prejuízos de aproximadamente R$ 1,5 milhões em produtores da Lagoa da Confusão e empresários no Estado do Maranhão que atuam na comercialização de grãos.
por Wesley Silas
O juiz da 2ª Vara Criminal de Gurupi, Gerson Fernandes Azevedo, concedeu na quarta-feira,22, alvará de soltura de Newton Leite Weba e outros quatro homens presos na segunda-feira, 19, presos pela Polícia Civil do Tocantins na tese de crime de extorsão mediante sequestro. “Não me parece que tenha havido restrição à liberdade de locomoção da vítima a ponto de configurar um sequestro”, considerou o magistrado. Em seguida completou: “De toda forma, de tudo o que foi colhido transparece que a intenção de Willamy e Newton era apenas saber o paradeiro de Julimar, com o fim de buscar o dinheiro que pagaram pelos cereais não entregues”
O caso foi bastante repercutido em Santa Helena (Maranhão) onde Newton Weba já foi prefeito e atua como empresário, assim como em outras cidade como na capital maranhense, onde Newton Weba atua como comerciante de grãos. Após a notícia da prisão, várias pessoas enviaram para Gurupi várias Declarações (clik e leia aqui) mostrando que Newton Weba tinha na comunidade comportamento exemplar no âmbito profissional, não havendo qualquer conduta que prejudique a sua reputação, dentre eles o capitão do exército brasileiro, Leudimar de Jesus Sá Martins.
Os fatos
Segundo o empresário Newton Leite Weba ele estava armado devido ser policial civil aposentado e que conheceu o Julimar Reis Vieira e sua esposa Betânia Andrade no final do mês de julho no município de Lagoa da Confusão. “Começamos a negociar e este cidadão carregou para nós 69 carretas de grãos emitindo notas fiscais e tudo. Eu comprei com ele porque ele adquiriu a minha confiança”, relatou.
“Coloquei na mão dele R$ 306 mil e isso dinheiro meu e quando foi na quarta-feira ele teria que carregar uns caminhões da empresa Ração Pavão e os caminhões vieram e não teve milho. Eu questionei sobre o que teria acontecido porque ele não carregou os caminhões e ele disse que teria colocado o dinheiro em outra situação, mas o dinheiro estava voltando para compra do milho. Quando foi no sábado recebi uma ligação de um corretor de grãos da cidade de Lagoa da Confusão dizendo que a casa do Julimar estava cercada de pessoas que ele enganou com o dinheiro do arroz e ele está desaparecido e a mulher está dentro da casa”, disse.
Golpe
O empresário Newton Weba apresentou à redação do Portal Atitude vários recibos de depósitos feito por sua família para Julimar via conta da sua companheira para compra de milho e arroz em Lagoa da Confusão. Ele ressaltou ainda que o acusado de estelionato teria dado golpe avaliado em mais de R$ 1,5 milhão em Lagoa da Confusão e no estado do Maranhão.
“Meu é 306 mil, do Gero da Pavão é mais de R$ 500 mil, do senhor César do Tocantins é mais de R$ 200 mil, do rapaz do arroz do Maranhão é R$ 325 mil tem produtor que vendeu milhões e ele não pagou. Ele deu calote em muita gente. Agora, o pior de tudo e o que mais dói no peito é que somos vítimas e viramos bandidos. O cara colocar o meu nome na internet e me rouba e eu que sou bandido. Minha indignação é tamanha que você não imagina o tanto. Saí da minha casa com a intenção de recuperar o que é meu e ser preso como sequestrador extorquindo alguém e que fui extorquido ”, disse.
Newton Weba afirmou ainda que não praticou nenhum crime em transportar a Betânia dos Santos Andrade e no trajeto entre Paraíso do Tocantins e Gurupi, onde seria registrado um B.O na Delegacia, ele pediu para Betânia colaborar para encontrar Julimar e ele teria dito que não sabia do paradeiro e disse que apenas tinha a conta e o cartão, mas o aplicativo ficava no computador de Julimar e quem fazia todas as transações era seu esposo.
“Em momento nenhum usei violência contra ela, não gritei com ela, não fiz pressão psicológica e não fiz nada contra essa moça, até porque era uma mulher frágil”, disse.
“Quando chegamos em Gurupi ligamos para a cunhada do Julimar e pedimos para enviar a localização da casa dela, porém ela sugeriu ir na delegacia de Polícia e eu disse que não sabia onde ficava e ela disse que ficava na Avenida Goiás colocamos no GPS para chegar no endereço da delegacia e antes de chegar formos abordados pela polícia como bandido com policiais jogando armas para cima da gente deram voz de prisão”, completou.
Ele disse ainda que não entendeu o fato de ser preso em flagrante pela prática, em tese, do crime de extorsão mediante sequestro.
“Pergunto? Em que parte do mundo se ver o sequestrador depositar na conta da vítima. Se vocês forem ver os comprovantes de depósito na movimentação tem mais de R$ 1 milhão. Onde se viu isso o sequestrador colocar depositar dinheiro na conta da vítima?”, questionou.
Segundo Newton Weba essa foi a primeira vez que ele foi preso por confiar em um pessoa de 67 anos.
“Não tinha como desconfiar era um homem de 67 anos, velho e bom de criar vergonha da cara, mas não criou. É como minha mãe dizia que tem mulher que fica velha e não dá uma mulher e tem homem que fica velho e não dá um homem”.