Após publicação de Nota de Repúdio da ABRAFRIGO, respaldada hoje pela FIETO, a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) e a Associação Comercial e Industrial de Gurupi (ACIG) publicaram notas em apoio Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Estado do Tocantins (SINDICARNES) que criticou ontem a aprovação da Lei nº 3.267 reduzir a alíquota do ICMS para a venda de gado vivo a outros Estados da Federação dos atuais 7% para 4%. Na Câmara de Gurupi o vereador Eduardo Fortes (PSDB) usou a Tribuna para defender os frigoríficos do Tocantins.
por Redação
“Como entidade, nós repudiamos a Lei nº 3.267 de autoria do Governo do Estado, e aprovada na Assembleia Legislativa do Tocantins em 18 de setembro passado, reduzindo o ICMS porque compromete toda a cadeia produtiva ao elevar a ociosidade já bastante alta existente nos frigoríficos locais exatamente pela falta de matéria-prima”, disse o Presidente Executivo da ABRAFRIGO, Péricles Salazar, em nota divulgada hoje (11).
Para ele, “esta atitude, além de gerar desemprego, retira ainda mais a competitividade do Estado tanto no mercado interno como externo e coloca em risco todo um setor que atualmente possui capacidade para realizar o abate de 2 milhões de cabeças anuais e cuja produção anda próxima do abate de pouco acima de 900 mil cabeças, ou seja: mantém mais de 50% de ociosidade”, explicou. Segundo a ABRAFRIGO, em 2016 o Tocantins tinha realizado o abate de 938.668 animais até outubro e no mesmo período de 2017 este abate alcançou somente 820.023 cabeças, numa redução de 12%. “O incentivo a saída de gado vivo do Estado vai comprometer ainda mais o emprego e a geração de renda do Tocantins, o que é andar na contramão das necessidades de desenvolvimento”, finalizou Péricles Salazar.
Associação Comercial e Industrial de Gurupi (ACIG)
A Associação Comercial e Industrial de Gurupi (ACIG) também publicou uma nota em apoio às industrias frigoríficas do Tocantins.
“A Entidade como legítima representante da atividade econômica em Gurupi, preocupada com as consequências negativas no segmento industrial e em toda a cadeia produtiva da carne no Estado, endossa a necessidade de ações governamentais urgentes para a correção dos efeitos da legislação acima descrita, visando estancar os prejuízos econômicos e sociais advindos de tal medida, assim como cumprir a responsabilidade do governo em fortalecer e principalmente proteger a indústria do Estado do Tocantins”, disse o presidente da ACIG, Adailton Fonseca.
Câmara Municipal de Gurupi
Já o vereador Eduardo Fortes (PSDB) usou a Tribuna da Câmara Municipal de Gurupi na manhã desta segunda-feira, 11, para manifestar seu apoio a Nota de Repúdio da Sindicarnes e Fieto contra a redução do ICMS de gado vivo para outros Estados.
“O que pode gerar em breve uma crise em todo setor, como casas agropecuárias devido à diminuição do rebanho e queda nos abatimentos das indústrias frigoríficas causando desemprego, em um momento em que várias cidades dos Tocantins fecharam o ano com saldo negativo em relação ao número de criação a novos postos de trabalhos”, disse em nota.
Conforme o parlamentar, o Governo do Tocantins trabalha na contramão do crescimento da cadeia produtiva do Estado. “Esperamos que os deputados estaduais revoguem esta Lei, pois irá gerar muito desempregos e deixando as indústrias frigoríficas do Estado com menos poder de competitividade em relação aos mercados interno e externo. Por isso é muito ruim para o estado em geral onde nossa matéria prima que é o gado está sendo levando é abatido em outros estados prejudicando o Tocantins”, desabafa Eduardo Fortes.