Ao defender o tema “Em defesa delas – a Defensoria Pública na promoção dos direitos das mulheres”, a Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Tocantins (ADPETO) citou dados sobre violência doméstica e citou que em 2018 foram realizados 1.831 atendimentos a mulher no Estado, os maiores índices surgem em Palmas com 975 casos, Araguaína com 537, em Gurupí 195 e Porto com 70 casos.
por Redação
A Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Tocantins (ADPETO) lança em 2019, seu primeiro Prêmio de Jornalismo, o qual busca premiar a atuação dos profissionais e acadêmicos de jornalismo com seu poder de influência e de alcance com conteúdo que desperta a consciência dos cidadãos no que refere-se aos seus direitos e garantias previstos na Constituição. Como tema, a ADPETO optou por acompanhar a Campanha lançada pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), “Em defesa delas – a Defensoria Pública na promoção dos direitos das mulheres”, que tem por objetivo conscientizar e chamar a atenção da sociedade para esta importante questão.
As inscrições serão abertas em evento a ser realizado no dia 16 de maio de 2019, no auditório da Defensoria Pública, em Palmas, a partir das 19h. Com a explanação do edital e do tema, com a presença de Defensores que atuam nesse âmbito, além de profissionais da comunicação. O Prêmio conta com o apoio do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Tocantins. Para a presidente do Sindjor, Alessandra Barcelar, “a Defensoria Pública tem um papel imprescindível na defesa dos direitos das pessoas mais desfavorecidas. E neste grupo também estão inseridas milhares de mulheres que sofrem, cotidianamente, os mais diversos tipos de violência. Fomentar e premiar trabalhos jornalísticos que tragam a pauta da defesa dos direitos das mulheres, entre eles o combate a violência, por exemplo, é direta e indiretamente agir em defesa do respeito, da vida e da dignidade daquelas que, porventura, estão sendo silenciadas pelas agressões”.
O 1° Prêmio ADPETO de Jornalismo contemplará os 2 primeiros colocados de cada categoria com remuneração financeira e troféu, exceto na categoria Acadêmica que terá essa premiação somente para o primeiro lugar, os demais colocados receberão apenas troféus, sendo, as categorias Telejornalismo, Radio jornalismo, Web jornalismo e Acadêmica. Ao primeiro colocado das categorias de Telejornalismo, Radio jornalismo e Web jornalismo será concedida, além do troféu, a premiação em dinheiro no valor de R$ 2,500,00. Ao segundo colocado das categorias Telejornalismo, Rádio Jornalismo e Web jornalismo será concedida, além do troféu, a premiação de R$ 1.000,00. Para a categoria Acadêmica, a premiação para o primeiro colocado será, além do troféu, o valor de R$ 1.500,00. O segundo e terceiro lugar da categoria Acadêmica e o terceiro lugar das categorias de Tele jornalismo, Rádio Jornalismo e Web jornalismo receberão somente troféus.
Conforme informações da Defensoria Pública do Tocantins, sobre violência doméstica, em 2018, foram realizados 1831 atendimentos a mulher no Estado, os maiores índices surgem em Palmas com 975 casos, Araguaína com 537, em Gurupí 195 e Porto com 70 casos. O perfil do universo atendido é composto por mulheres de cor Parda em sua maioria, chegando a 61,9%, um total de 1134. As informações esclarecem ainda sobre a faixa etária, a qual registrou 22 atendimentos em um público de 0 18 anos; 269 atendimentos de um público de 19 a 25 anos; 636 registros com idade de 26 a 35 anos; o maior índice 695, ocorreu na faixa etária de 36 a 50 anos. De 51 a 65 anos os números apontaram 187 atendimentos e 22 com público de mais de 65 anos.
Dos 1831 atendimentos, foi identificado que 25,9%, ou seja, 474 tem nível fundamental incompleto e 35%, 641 assinalaram ensino médio completo. Sobre as condições de moradia, 34% dos registros apontam que moram em imóvel próprio. Do total geral, 52,5% do público que corresponde a 962, tem até dois filhos; e 27,4% de três a cinco filhos. A renda individual apontada por 37,8% do público, foi de zero a meio salário mínimo; 29,5% de meio a um salário mínimo e 24,5% de um a dois salários mínimos. Sobre a renda familiar, 39,5% do grupo vive com realidade de zero a meio salário mínimo; 22,9 com meio a um salário mínimo e 21,5 de um a dois salários.
Sobre a importância do evento, o presidente da ADPETO, o Defensor Público Fabrício Dias, destaca que “muitas mulheres necessitam de acesso à Justiça para garantir seus direitos em diversas áreas, como social, cultural, familiar, no enfrentamento a violência e ao assédio, enfim necessitam do amparo para que seus direitos sejam efetivados. Assim, se justifica a necessidade de se abordar tema tão relevante, objetivando ainda a conscientização sobre o tema”, conclui.