Durante o evento de entrega de terrenos pela Superintendência de Patrimônio da União (SPU) na manhã desta sexta-feira, 18, a deputada Josi Nunes (PMDB) e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ronaldo Eurípedes reservaram parte de seus discursos para se posicionarem sobre a crise política e econômica, corrupção no País.
“Já que estamos com tantos representantes do Poder Judiciário eu quero parabenizar ao Ministério Público, a Polícia Federal e todos os órgãos do judiciário pelo combate que tem feito de forma aguerrida, responsável e comprometida no combate a corrupção”, disse a deputada no evento promovido pelo prefeito Laurez Moreria e teve a participação de representantes do Ministério Público Estadual (MPE), Defensoria Pública Estadual (DPE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Justiça Federal (JF), Fórum, Câmara Municipal de Gurupi, DNIT e do Ministério Público Federal (MPF).
A deputada considerou que o País vive um crise moral, econômica e a cada dia os brasileiros são surpreendidos com novos escândalos.
“O Brasil tem uma crise política, uma crise moral, econômica e a cada dia nós ficamos estarrecidos com os eventos que não param mais e, todas as semanas você pode preparar que tem uma pauta bomba no sentido de que o Poder Judiciário está buscando passar a limpo”, disse a deputada sob aplausos.
PMDB
A deputada não deixou de citar o seu partido e defendeu punição aos culpados.
“Não podemos conviver com tudo que está acontecendo e eu digo isso porque sou política e faço parte de um partido que também tem indícios de envolvimento neste processo e nós precisamos fazer uma organização para que todos que forem culpados, possam pagar porque ninguém é impune a nada”, disse.
Tribunal de Justiça
No fechamento do evento, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ronaldo Eurípedes, também falou sobre crise moral e de identidade política que os brasileiros vivem, e citou o impacto das declarações do ex-presidente Lula (PT) ao chamar o judiciário de “acovardado” despertando fúria em todas as instâncias do judiciário e no Ministério Público.
“Eu confesso aos senhores que me senti de extremamente atingindo como bem disse ontem o decano do Supremo, ministro Sérgio de Melo que o Brasil foi ferido durante esta semana e eu acho que o ferimento foi no coração deste brasileiro”, disse o presidente do TJ.
Em seguida o desembargador elogiou os profissionais envolvidos na Operação Lava Jato.
“Eu fico extremamente feliz, encho o peito de orgulho e digo que se não fosse a atuação dura do Ministério Público, Polícia Federal e do Judiciário em que situação estaria este País? Seria uma nau que navega sem rumo, desgovernado e o Judiciário com serenidade tem dado a resposta à população. O poder Judiciário tem sido o grande timoneiro desta Nação. Imaginem os senhores se o nosso judiciário estivesse acovardado?”, disse.