Durante visita a Gurupi nesta quarta-feira, 11, o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, mostrou ao Portal Atitude a nova estrutura com a reforma na unidade, comentou sobre as obras a primeira e segunda fase do Hospital de Referência de Gurupi, pacientes da atenção básica da Prefeituras na unidade hospitalar que atende urgência e emergência e sobre a necessidade de contratação de médicos. “Estamos credenciado para contratação de médicos e não estamos conseguindo. Está faltando ortopedista, ginecologista e obstetrícia, clínico cirúrgico e na área de neurocirurgia”, disse.
por Wesley Silas
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, sua vinda a Gurupi teve objetivo de realizar uma visita técnica final para a inauguração da primeira parte da reforma e ampliação do Hospital Regional de Gurupi.
“Estamos com espaço para nova área de emergência com sala de estabilização, sala vermelha, sala amarela, área de observação, repouso, sala de procedimentos todas elas já estão funcionando”, disse Musafir.
Segundo Musafir nesta primeira fazer foi ampliada a área de emergência, incluindo troca de piso número de leitos, climatização completa e a próxima fase será na parte das enfermarias e da UTI, que passará a contar com 20 leitos, o dobro disponibilizado no momento.
“É um projeto do governador Marcelo Miranda que estamos fazendo nos 18 hospitais do Estado e conseguimos captar os recursos no final de 2017, junto ao Ministério da Saúde e tem recursos também de emenda parlamentar da deputada federal Josi Nunes para as reformas do refeitório, cozinha e outros espaços”, explicou.
Desde que passou a atender, além das 17 cidades da região sul, praticamente, outros 12 municípios da região sudeste cresceu a necessidade de melhorar a estrutura hospitalar do HRG e a reforma servirá como medida paliativa, enquanto não terminar as obras do Hospital Geral de Gurupi, que se encontram paralisadas.
“Tem crescido muito no número de atendimentos e precisava de uma estrutura maior mais confortável para os pacientes e mais seguro também para os profissionais. Aumentamos número de leitos na emergência, seja na observação e na sala vermelha, mas, não está conseguindo dá vazão para as demandas de toda região”, disse o secretário ao se referir as reformas e ampliação do HRG.
Falta de médicos
O secretário comentou ainda a falta de médicos de diversas especialidades na unidade hospitalar.
“Não temos aqui no hospital de Gurupi todas as especialidades médicas e estamos com credenciamento aberto para contratação de mais médicos e não estamos conseguindo. Está faltando ortopedista, ginecologista e obstetrícia, clínico cirúrgico e na área de neurocirurgia. […] A equipe que está aqui é muito competente e está segurando”, disse.
“Reformulamos a área de trabalho com plantões de 12h, reorganizamos um debate com os profissionais e construímos juntos com eles uma vontade de fazer do hospital de Gurupi ser realmente a referência que é”, disse.
Fila de espera para cirurgia
Segundo o secretário, o Hospital Regional de Gurupi “tem 700 pacientes nas clinicas maiores que são cirúrgicas e 350 em outras clínicas menores”.
“Vamos estender aqui os mutirões cirúrgicos e já estava planejado pelo governador Marcelo Miranda para começarmos no final de maio porque para fazer um mutirão para operar 5 mil pessoas tem que ter fios, a gases, luvas, material cirúrgico, implante médico, equipe pronta, medicamentos, anestésicos e toda equipe e materiais de insumos têm que estar preparados para poder dar vazão a estas quantidades de cirurgias”, disse.
Saúde básica
Para Musafir os R$ 140 milhões de emenda de bancada, mas com contingenciamento do Governo Federal foi “reduzida pela metade”; mas, mesmo assim, segundo ele, o Governo do Tocantins repassou 30% deste recurso para as 139 prefeituras do Estado visando o fortalecimento da atenção básica e não superlotar os hospitais do Estado que estão preparados para atender apenas os casos de urgência e emergência.
“A cultura brasileira é ‘hospitalocentrica’ e todo mundo quer ir para o hospital, enquanto a Atenção Básica resolve 90% dos atendimentos. Por isso estamos conseguindo fortalecer por meio de várias reuniões com os municípios este conceito da atenção primária na ponta e graças a isso nós pretendemos diminuir o número de paciente atendidos aqui que são nas classificações do Ministério da Saúde vermelho ou mais grave e azul ao mais leve. Então a maioria dos pacientes que a gente encontrou aqui agora é azul, verde, amarelo e laranja tinha pouco, enquanto aqui é para atende o vermelho e o laranja”, disse.
Hospital de Referência de Gurupi
A continuação das obras do hospital de Referência de Gurupi que teve início da primeira fase no início de 2014, mas estão paradas desde agosto de 2016 e, caso o cronograma tivesse sido cumprido, o empreendimento deveria ser entregue no mês de março de 2017. No entanto, o secretário informou que ainda não há previsão para acontecer, apesar de faltar apenas R$ 1,5 milhão para concluir a primeira fase da obra e da conclusão da licitação para iniciar a segunda fase, mesmo com dinheiro em conta desde 2014.
“É um imbróglio jurídico muito difícil de entender entre a Caixa Econômica, Justiça e com a empresa que está construindo. Falta recursos para pagar a empresa que é o realinhamento da obra que não pode ser pela Caixa Econômica. […] A obra na parte operacional é feita pela Secretaria de Infraestrutura, mas os recursos são da Secretaria de Saúde”, disse.
Segundo Musafir, assim como não há previsão para conclusão da primeira etapa do HRG, também não existe previsão do início da segunda fase. Sobre esta parte da obra ele pediu para uma assessora, chamada Adriana responder: “Está em processo de licitação, não tem ganhador, não houve o pregão ainda e está nos tramites processuais para licitação”, disse. Em seguida ele completou: “O mais difícil já tem que é o dinheiro”, disse.
Confira o áudio com a integra da entrevista:
Sobre o hospital
O Hospital Geral de Gurupi prevê a construção de 200 leitos de internação, 40 leitos de UTI, centro cirúrgico com sete salas, pronto socorro ampliado, e ambulatório com “hospital dia” para realização de pequenos procedimentos que necessitam de curtos períodos de internação e está sendo esperado para solucionar problemas infraestruturais que prejudicam o atendimento a saúde, envolvendo mais de 250 mil pessoas da região Sul do Tocantins e parte dos Estados de Mato Grosso, norte de Goiás e na região Oeste do Estado de Bahia, como vem acontecendo no Hospital Regional de Gurupi.