Por volta das 21h15 da noite da segunda-feira (14) um estudante de medicina do Campus ll do Centro Universitário UnirG, em Gurupi teve sua camionete modelo Hillux roubada e ainda foi feito de refém e só foi liberado a 80km de Gurupi, próximo a cidade de Alvorada.
O veículo foi recuperado manhã desta terça-feira (15), Policiais Militares de Mara Rosa (GO) e estava sendo conduzida pelo J.R.N. de 17 anos, que foi baleado pela PM durante perseguição.
O caso gerou indignação nos estudantes que cobram providências para que eles tenham garantia segurança nas proximidades dos Câmpus I e II. Para isso, um grupo de acadêmicos do curso de Medicina fizeram um protesto na noite desta terça-feira.
O acadêmico do 3º período do curso de Medicina, Erik Pignata, afirmou ao Portal Atitude que também já foi vítima da violência nas proximidades do Campus I. “Era por volta das 17h30min quando eu estava retornado para minha casa e um assaltante de moto me abordou com uma arma e pediu para que eu passasse o celular, dinheiro e o relógio. Eu fiquei sem reação, mas dei todos os meus pertences, depois procurei a Delegacia e fui para casa”, disse.
O estudante denuncia que os assaltos nas proximidades do Câmpus I estão se tornando corriqueiros.
“O sentimento é de revolta porque a gente vem de fora, deixa a família e chega aqui ver acontecer tanta violência, principalmente, próximo da faculdade. Nos sentimos inseguros, impotentes porque a gente vem para Gurupi com o intuito de estudar e acaba acontecendo estas tragédias e tudo isso gera uma revolta. Se a prefeitura, a faculdade e a polícia não se manifestarem nos resta protestar para ver se as coisas movimentam e induz à segurança com policiais para nos proteger e assim possamos ter um mínimo de segurança”, disse o estudante que veio de Barreira (BA) para estudar em Gurupi.
A estudante Dayane Vieira citou o caso do aluno que teve seu veículo roubado e ainda foi seqüestrado na noite de ontem.
“Ontem sequestraram um amigo nosso para roubar a camionete dele e o largaram em Alvorada. A que nível a gente vai chegar? Será que vai ter que acontecer um homicídio para colocarem segurança aqui. A instituição não tem segurança e não tem nenhuma guarda que fique na porta da faculdade. Não podemos andar a pé na porta da faculdade porque eles roubam nossos celulares, carro, bicicleta e o que estejamos carregando. Só falta roubar as roupas e material escolar”, protestou a estudante.
A reitoria do Centro Universitário Unirg, Lady Sakay e a vice Janne Marques Silveira acompanharam o protesto dos acadêmicos. Em entrevista ao Portal Atitude, a reitora Lady Sakay defendeu um debate amplo sobre a violência, não só nas proximidades da Unirg, mas também em toda cidade.
“Está insegurança extrapola a nossa capacidade de garantir a integridade física de nossos acadêmicos. Temos trabalhado no sentido de iluminação estamos procurando para colocar câmeras para tentar inibir, mas infelizmente é uma violência que está extrapolando os muros e e a comunidade como um todo”, disse a reitora.
Confira abaixo (podcast) da entrevista com a reitora do Centro Universitário Unirg: