Tudo começou após o final dos 90 minutos de jogo entre Malvinas e MaxZen, empatada em 1 a 1. A organização do campeonato solicitou o apoio da PM para retirar os torcedores que estavam em campo para acompanhar a decisão por pênaltis e no momento em que militares usaram spray lacrimogênio para conter o tumulto; torcedores e vereadores de Gurupi partiram pra cima dos militares gerando a confusão.
Por Régis Caio
A Copa do Craque é considerada a maior competição esportiva amadora do Tocantins e reúne sempre um grande público que acompanha os jogos. A final que aconteceu neste domingo (26), entre Malvinas e Maxzen terminou empatada em 1 a 1 e a decisão foi para a disputa de pênaltis.
No momento em que jogadores se preparavam para as cobranças a torcida entrou no campo para acompanhar de perto, o que segundo eles, já é uma tradição do torneio quando a decisão vai para as penalidades. Neste momento o presidente da Liga Esportiva Tocantins Araguaia, Wilson Castilho, solicita o apoio da PM para retirar os torcedores que estavam no local.
“Eles já chegaram jogando spray nos torcedores, tinha crianças e mulheres e o vento ajudou a espalhar o spray e isso pegou muito mal para os policiais, pois fomos tratados como bandidos”, disse o torcedor Messias Damasceno.
Após o spray atingir os torcedores que corriam pra fora do campo, o vereador Eduardo Fortes foi em direção aos militares e na sequência o vereador André Caixeta, juntamente com parte da torcida entraram em campo novamente para protestar contra os militares.
“Foi um ato que repúdio, não precisava a PM jogar spray nos torcedores crianças e idosos foram atingidos e passaram mal, por isso fui protestar e questionar”, disse o vereador Eduardo Fortes.
Já o comandante do 4°BPM, Tenente-Coronel Jaime Porfírio disse que a ação da PM foi correta e que a autoridade dentro de campo pertence ao juiz e que ele decidiu pedir o apoio da PM para conter os torcedores e dar segurança aos atletas. “Alguns políticos que são pré-candidatos aproveitaram da situação e fazendo com que os torcedores invadissem o campo para pressionar os militares”, disse o comandante em um áudio.
De acordo com o comandante, cerca de 09 pessoas foram tirar satisfação dos policiais e os vereadores André Caixeta e Eduardo incitaram os torcedores contra os policiais.
“Os vereadores André Caixeta e Eduardo Fortes invadiram o campo com a população e incitaram os populares contra os policiais, que mantiveram a sobriedade se reunião um próximo do outro para manter a segurança da unidade, enquanto eles xingavam os policiais e o André Caixeta chegou a colocar o dedo no rosto da polícia em desacordo com a postura e liturgia do cargo de um vereador, enquanto os policiais mantiveram a calma e conseguiram contornar a situação”, disse o Comandante Jaime.
Já um outro torcedor apoiou a iniciativa da Polícia. “Tiraram a ordem dos militares e praticamente expulsaram eles de campo, os policiais tem que manter a ordem e o povo não obedeceu”, disse Bernadino Silva.
O vereador André Caixeta declarou que ele o vereador Eduardo Fortes estavam com uma grande quantidade de pessoas do lado esquerdo do gol onde seria cobrado os pênaltis, quando inciou o confusão com os PMs.
“Como de costume nas edições anteriores que sempre participei, foi quando foi atirado gás onde se aglomerava uma grande quantidade de pessoas inclusive crianças que imediatamente começaram a sentir desconforto. Na mesma hora o ar levou em nossa direção o gás no qual muitas pessoas foram atingidas pela propagação do ar. Diante do ocorrido fui até os policiais falando que não havia necessidade e repudiava a atitude, momento algum faltou respeito de ambas as partes até porque foi pedido pelos os mesmos que estavam no local para que ajudássemos a tirar as pessoas que se encontravam dentro do campo. Tenho o maior respeito pela a polícia militar, costumo falar que se tem algo em nosso estado que temos orgulho são nossas corporações, porém é inadmissível o ocorrido, pois nossa população e ordeira”, comentou o vereador André Caixeta.