Em entrevistas ao Portal Atitude o Governador Mauro Carlesse, e o secretário de Infraestrutura, Cidades e Habitação, Renato de Assunção garantiram que a obra do Hospital Geral de Gurupi (HGG) será reiniciada de imediato e concluída em 12 meses. O secretário comentou ainda sobre o andamento do processo de licitação da segunda fase da obra.
por Wesley Silas
Tudo indica que o Governo do Tocantins caminha para concluir a primeira fase da construção do Hospital Geral de Gurupi (HGG). O governador está em Gurupi, onde permanecerá até esta terça-feira, 30, e em entrevista ao Portal Atitude ele comentou sobre a conclusão da obra.
“O governo tem que dar uma contrapartida e nós estamos preparando isso para reiniciar as obras e eu tenho um prazo para terminar a obra em 12 meses e vamos começar firmes. Porque na verdade, parte do dinheiro (Governo Federal) está parada esperando a contrapartida e por isso estamos fazendo todo este enxugamento para fazer as contrapartidas nas obras dos hospitais, assim como outras obras que estão pendentes”, disse o governador.
Com a presença de representantes da empreiteira responsável pela obra do Hospital Geral de Gurupi, o Secretário de Infraestrutura, Cidades e Habitação, Renato de Assunção, falou que as Secretárias de Saúde e Infraestrutura e a Caixa Econômica traçaram um novo cronograma para retomada e conclusão da obra que tem em conta R$ 18,6 milhões, mas necessita de contrapartida do Estado.
“O que impediu o avanço desta obra ao longo dos últimos meses foi um problema financeiro, embora esteja com o dinheiro da Caixa Econômica depositado em conta, existe a necessidade do Estado entrar com a contrapartida. O Estado fez um cronograma de desembolso para que esta obra comece imediatamente e o governador deverá anunciar aqui em Gurupi que irá retomar a obra no próximo mês de maio com previsão de conclusão em 12 meses, acertados entre a Secretarias de Infraestrutura e Saúde, a empresa e a Caixa Econômica Federal”, garantiu o secretário.
A obra oriunda de emenda da senadora Kátia Abreu (PDT) teve a assinatura da ordem de serviço no dia 30 de novembro de 2013, e era para ser construída em 720 dias. Desde então foi palco de confusões, principalmente durante os períodos de eleições e em julho de 2016 o então governador Marcelo Miranda (MDB) chegou a declarar em uma das reportagem publicada no Portal Atitude sobre o assunto, que teria determinado aos seus assessores montarem o ‘cronograma para conclusão da obra’; mas, não conseguiu cumprir acordos como aditivos e reajustes nos valores da primeira fase da obra em conformidade ao INCC – Índice Nacional de Custo da Construção, fazendo com que a construção parasse e só foi retomada a passos lentos em 2018 e, até então, o Governo do Tocantins ainda não conseguiu licitar a segunda etapa da obra, mesmo com dinheiro em conta.
Segunda fase
Segundo o Secretário de Infraestrutura, Cidades e Habitação, Renato de Assunção, a licitação da segunda fase da obra será concluída nos próximos meses.
“Para esta segunda fase já existe parte do recurso depositado e aguarda o processo licitatório e só não avançamos neste processo devido a necessidade de retomada e conclusão da primeira etapa e assim que ela iniciar o Governo do Estado dará sequência ao processo licitatório para contratação da empresa que irá executar esta parte da segunda etapa”, disse.
Sobre a obra
Quando pronto, o hospital contará com 200 leitos de internação, 30 leitos de UTI adulto, 10 leitos de UTI pediátrica, sete salas cirúrgicas e demais dependências necessárias para o funcionamento da unidade hospitalar. O investimento da primeira fase à construção do Hospital Geral de Gurupi (HGG) é de R$ 27 milhões e das duas fazes o valor chega a R$ 40 milhões.
Nesta primeira etapa da obra, serão aproximadamente 12 mil m² de área construída, distribuídos em pronto socorro, ambulatório e bloco administrativo, com 38 leitos de pronto socorro para adultos e seis infantis para atendimentos de baixa complexidade, 10 leitos destinados a pacientes que necessitem de cuidados de urgência e emergência. Além disso, contará com seis consultórios, sendo um específico para o atendimento psiquiátrico e ainda duas salas para a realização de procedimentos especiais invasivos, três centros cirúrgicos ambulatoriais, salas de sutura, curativo, gesso, imunização, inalação e 12 leitos de observação.