De acordo com o empresário cada caminhão bitrem transporta, aproximadamente, 40 toneladas de cimento e devido ao fechamento da Avenida Beira Rio durante eventos culturais, esportivos e comerciais seus motoristas são obrigado a fazer outro trajeto onde possui uma curva fechada e a força dos pneus acabam prejudicando o asfalto e também o próprio caminhão. A Prefeitura informou que vai colocar mão única na via e comentou sobre a qualidade do asfalto.
por Wesley Silas
O empresário entrou em contato com o Portal Atitude após veiculação de uma matéria relatando sobre o problema que está sendo causado na esquina da Rua 21 que dá acesso a Avenida Beira Rio e ao depósito da sua empresa.
Segundo ele, que pediu para não ter o seu nome divulgado, a origem do problema é devido aos fechamentos constantes da Avenida Beira Rio em horário comercial, forçando os seus motoristas a buscarem a única alternativa que é via Ria 21 para chegar ao depósito da sua empresa.
Ele alegou também que tem tido prejuízos devido ao atrito dos pneus com uma calçada de uma residência e com o pavimento asfáltico, decorrente a curva ser muito fechada e com isso estraga os pneus das carretas que transportam, aproximadamente, 40 toneladas em cargas.
O que diz a prefeitura
Na manhã deste domingo, 20, o prefeito Laurez Moreira e o secretário de Infraestrutura, Gerson Oliveira estiveram no local conversando com o empresário. Segundo o secretário, Gerson Oliveira, a Prefeitura irá transformar a Rua em mão única do Mutuca para Avenida Ceará, impedindo os caminhões retornar para a Avenida Beira Rio, via Rua 21, onde encontra-se o depósito da empresa. Ele sugeriu ao empresário usar a Avenida Ceará para carga e descarga.
“O prefeito foi muito claro com o empresário. Nós não podemos prejudicar toda uma comunidade de uma região em função dele; apesar de entendermos que ele é gerador de empregos, paga seus impostos e ser importante para o município. Como ele é um empresário bem sucedido que começou em Gurupi tem que valorizar a cidade que deu tantas alegrias para ele”, disse Gerson Oliveria. Em seguida completou: “Amanhã vamos refazer o asfalto e colocar uma placa proibindo o trafego no sentido da Avenida Ceará para Avenida Beira Rio e se ele insistir os caminhões vão ser multados”.
Qualidade do asfálto
O secretário afirmou que por ser um pavimento a frio não comporta atritos de bitrem em curvas, extremamente, fechadas com carga com 40 toneladas e com isso quanto maior for a força dos pneus sobre o pavimento, maior será a degradação.
“Nós temos um asfalto que é frio TSD (Tratamento Superficial Duplo) que comporta tráfego que não tenha grande torção como um Bitrem que pesa 40 toneladas. Isso não existe não é só em Gurupi; mas, em qualquer lugar do Brasil. Então, ele fez manobras com o caminhão praticamente parado e qualquer asfalto TSD com este calor que temos aqui certamente vai ruir”, concluiu o secretário.
Aumento da frota x crescimento da cidade
Com o crescimento da cidade, o problema de carga e descarga de caminhões em Gurupi tem sido um desafio enfrentado pelo poder público e por toda comunidade, onde os espaços estão a cada dia mais concorridos devido o aumento da frota de veículos que hoje chega a 70 mil, destes, mais de 1.700 são caminhões. A primeira medida adotada pela Prefeitura de Gurupi foi a restrição de veículos pesados de carga e descarga ocorrido em janeiro de 2018, seguido pela regulamentação dos estacionamento de motos e carros na Avenida Goiás, mesmo com a Rua 13 e Avenida Goiás serem consideradas uma extensão da BR-242 para BR-153 devido a falta de uma alça viária. A falta de espaço para estacionamento na principal Avenida da cidade tem feito empresários migrar para outros locais, como aconteceu com a empresária Marta Rocha, em janeiro deste ano.