Ao Portal Atitude, a Polícia Federal informou que a “Polícia Civil do Mato com apoio da Polícia Civil do Tocantins foi quem realizou uma operação na citada aldeia, a Polícia Federal não realizou operação na Aldeia Santa Izabel, os detalhes devem ser obtidos junto as referida instituições”.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública no Tocantins, o índio foi morto durante mais uma etapa da operação Hórus, na manhã desta quinta-feira (16/09), por volta das 06 horas, quando as equipes do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), juntamente com a Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC), se deslocaram até o município de São Félix do Araguaia (MT) para auxiliar a Polícia Civil do Estado do Mato Grosso no combate ao crime organizado.
Com críticas a Funai, uma indígenas criticou a operação e citou erroneamente o nome a Polícia Federal na operação.
“Lamentavelmente a Funai pele primeira vez acompanha a polícia federal para matar indígenas no meio da aldeia, na frente das crianças e da família. Tantas necessidades que nosso povo passa aqui na assistência para poder tirar documentação para ir para o INSS e para o nosso município que é Lagoa da Confusão (TO) e Confresa (MT). Há muitos anos a gente depende da SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) que faz o papel da Funai porque a Funai não fez, absolutamente, nada nestes últimos anos e, agora o primeiro serviço foi acompanhar os policiais federais para matar um indígena no meio da aldeia. Isso é lamentável”, disse uma indígena em um grupo de whatsaap.
A Secretaria de Segurança Pública, informou ainda que a ação foi em cumprimento a dois mandados de prisão expedidos em desfavor de um homem, residente da aldeia Santa Isabel, na Ilha do Bananal, território do Estado do Tocantins, no município de Lagoa da Confusão. A operação foi devidamente acompanhada pelo coordenador técnico da Funai/Araguaia Tocantins Vicente de Paula Rodrigues de Lima.
Segundo o delegado e diretor geral do GOTE, Rildo Barreira, ao chegarem na residência para cumprir o mandado de prisão, os policiais foram surpreendidos pelo residente que estava carregando uma arma de fogo. “Foi anunciado a ação policial, mas o indivíduo saiu da residência com uma arma de fogo apontada para a cabeça de sua companheira, Domícia José Melo, usando-a como refém”, explicou o delegado.
Diante da situação os policiais tentaram negociar a soltura da refém e companheira do indivíduo, além de sua posterior rendição, mas o homem não se rendeu. Durante a ação o sujeito ficou cada vez mais agressivo e continuou com arma apontada para a cabeça da refém, para resguardar a vida da vítima e diante da não rendição do suspeito foi necessário efetuar disparos.
Socorro médico
O indivíduo foi atingido e socorrido imediatamente e encaminhado até o hospital de São Félix do Araguaia, mas infelizmente não resistiu e veio a óbito.
Mandados de prisão
Em desfavor do homem haviam dois mandados de prisão em aberto expedidos pela Comarca de São Félix do Araguaia por tráfico de drogas, homicídio, estupro, roubo e violência doméstica e receptação. Além da pistola calibre 380 municiada, o agressor tinha um carregador extra e a quantia de mais de R$ 9 mil nos bolsos, que foram apreendidos e levados para a delegacia de São Félix do Araguaia/MT.
Segundo informou as forças policiais locais, o indivíduo era uma pessoa bastante conhecida na região pela periculosidade que representava, bem como por alardear que jamais se entregaria à polícia. “Ressalta-se que toda a operação foi acompanhada pelo coordenador técnico da Funai – Araguaia Tocantins, Vicente de Paula Rodrigues de Lima.