Apesar de nascer no município de Dueré, o córrego Pouso do Meio é conhecido como o local que deu a origem a cidade de Gurupi, desagua no Rio Gurupi e recebe a estação de tratamento de esgoto da cidade. “O prazo para concluirmos está previsto até o dia 15 de dezembro”, adiantou ao Portal Atitude a coordenadora do Meio Ambiente Asafe Santa Barbara sobre a criação do Parque Natural Pouso do Meio.
por Wesley Silas
No início da noite desta terça-feira, 21, a Prefeitura Municipal de Gurupi, por meio da Secretaria municipal de Produção, Cooperativismo e Meio Ambiente apresentaram no auditório do Campus I do Centro Universitário Unirg a Proposta de Criação da Unirda de Conservação Parque Natural Municipal Pouso do Meio, por meio de uma consulta pública.
A proposta visa atender o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Gurupi, criado por meio da Lei nº 09 de dezembro de 2007, que determina estratégias e instrumentos de ordenamento territorial com a identificação de macrozonas de proteção ambiental para garantir a preservação das áreas de preservação permanente.
Uma das primeiras medidas para criação do Parque Natural do Pouso do meio será investir na preservação das nascentes do córrego Pouso do Meio. Para isso, segundo a Diretora de Meio Ambiente, Asafe Santa Barbara Gomes, as plantas de mudas para recompor a flora saíram de uma parceria do viveiro municipal e de dois viveiros dos cursos de Engenharia Florestal e Agronomia da UFT com apoio de acadêmicos e professores universitários.
“A nascente original do Pouso do Meio é formada no município de Dueré, mas temos vários trabalhos juntamente com a Unirg para recuperação desta área e vamos preservar. Os proprietários que tiverem dentro da área vamos exigir que eles façam o cercamento e isolamento da área e, posteriormente eles poderão receber alguns benefícios com muda e trabalhos voltados para o meio ambiente. Algumas nascentes serão isoladas no raio de 50 metros”, disse Asafe ao Portal Atitude.
Um dos problemas são as desocupações de áreas de preservação ambiental Permanente como as dos setores Canaã e Jardim Tocantins II e Jardim da Luz, sendo que estes os dois últimos possuem mais de 80 famílias em situação de moradia irregular.
“Estamos aguardando a sentença final do juiz porque são processos antigos para, assim, ver o que o poder público poderá fazer. Já estamos trabalhando com a limpeza da área, cercamento em algumas e colocação das delimitações das áreas de preservação permanentes com marcos de cimentos. Enquanto isso continuamos com processos aguardando a reintegração de posse para o município”, explicou.
Segundo Asafe a demanda judicial não prejudica na criação do parque Natural.
“Como a gente está criando apenas uma parte de APP e todas estão as áreas recuperadas, compreendendo entre a BR-153 até Avenida Goiás, que são as mais protegidas e preservadas que temos. Então, não temos problemas judiciais na APP e ao longo do tempo vamos aumentando a área em direção do Jardim Tocantins após resolvermos todo problema judicial”, disse.
De acordo com Asafe a criação do Parque Natural Pouso do Meio deverá acontecer ainda neste ano e os próximos passos serão o mapeamento com delimitação da área, memorial descritivo e assinatura do Decreto pelo chefe do Poder Executivo Municipal.
“Após a assinatura do Decreto, vamos montar o processo para levar para o Ministério do Meio Ambiente para podermos cadastrar no SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza). O prazo para concluirmos está previsto até o dia 15 de dezembro”, disse.