Em entrevista ao Portal Atitude, o senador Ataídes Oliveira (PSDB) falou sobre a ação de caducidade da duplicação do trecho da BR-153 entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins. No final da entrevista o senador falou sobre política e afirmou que pretende colocar o seu nome na disputa ao Governo do Tocantins em 2018. “O momento agora é de trabalhar para trazer recursos para o Tocantins e resolver os problemas”, disse.
por Wesley Silas
Em breve a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deverá concluir o processo de caducidade da concessão da BR-153 com o Grupo Galvão, depois do leilão de 2014, mas, emperrou depois que a empresa ter afundado na Operação Lava Jato e não ter conseguido um financiamento no valor de R$ 800 milhões junto com o BNDES.
“A conclusão que eu cheguei é que nós vamos caducar este contrato com a Galvão porque percebo que as condições deles diante aos fatos acontecidos e narrados por eles percebo que será muito difícil para eles dar continuidade a esta concessão. Esta é a conclusão que eu tenho”, disse o senador após ele ter reunido com executivos da Galvão em seu gabinete.
As informações do senador Ataídes vão de encontro com as informações repassadas pela ANTT ao Portal Atitude em janeiro deste ano quando afirmou que o processo de caducidade encontrava-se em fase avançada e deverá ser formalizada em breve.
Com a confirmação da caducidade a Galvão sairá do páreo para dar lugar a uma nova concessionária, conforme prevê a MP 752, que trata da prorrogação e relicitação de contratos de concessões.
“Nós vamos abrir, urgentemente, no máximo, e eu acredito que até o mês de março, um novo edital de concessão desta rodovia. Já tenho audiência marcada com a ANTT porque queremos que ela entre mais no Tocantins para que possamos levar até Colinas ou Araguaína”, disse Ataídes. “Vou falar com o presidente Temer nesta semana sobre esta obra”, reiterou.
Outra obra importante para a região Sul, assim como todo Tocantins e Mato Grosso, seria a ligação das fronteiras entre os dois estrados via Ilha do Bananal. Para que aconteça, o senador considera que há muitos entraves, principalmente envolvendo o meio ambiente e o custo da obra.
“Tem o fator preponderante que é o ambiental, complicadíssimo. Os ambientalistas estão todos de olho e não é apenas o dinheiro. É uma obra caríssima e eu não acredito que venha sair no governo Temer. Lamentamos, pois é de fundamental importância para o Tocantins, Mato Grosso, Bahia, Pará e Brasil. Eu vejo com uma certa dificuldade”, disse.
Ferrovia Norte Sul
O senador preside no Senado Federal a Subcomissão de Obras Inacabadas considerou que um dos maiores entraves da ferrovia Norte Sul não é apenas a conclusão do pátio Multimodal de Gurupi, mas, a renovação da concessão da malha paulista que liga os estados do Tocantins a São Paulo, que já recebeu mais de R$ 10 bilhões, conforme publicou o jornal Folha de São Paulo na segunda-feira, 06.
“O edital da ferrovia Norte-sul que vai até São Paulo está com problema e isso é muito ruim para nós e se não ligar esta ferrovia até São Paulo ela perde muito o valor”, considerou o senador.
Logística
O senador falou também sobre as obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que no seu projeto original ligaria Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no Tocantins; integrando o Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
“Está parada na Bahia por causa de uma decisão do TCU e estamos brigando para soltar esta obra. Neste ano eu vou focar para valer na ferrovia Norte-sul, na duplicação BR-153 e na BR-242. Fazendo a estrutura logística nós daremos contas de trazer o empresário que cria emprego e gera renda nesta região rica, que o sul do Estado”, disse.
Política
No contexto político o senador tucano reafirmou que em 2017 focará nas obras federais para o Estado e que em 2018 pretende colocar o seu nome para disputar do Palácio Araguaia.
“O momento agora é de trabalhar para trazer recursos para o Tocantins e resolver os problemas que acabamos de falar. Evidentemente, que 2018 está também na tela e vou colocar o meu nome a disposição do povo do Tocantins e dizer a eles, novamente, que eu quero trabalhar para eles e o meu propósito é sair candidato para disputar o governo”, concluiu o senador.