O prefeito de Gurupi, Laurez Moreira (PSDB) comentou a suspensão dos Termos de Acordos de Regime Especiais (TARE) do setor de abate e processamento de carnes bovinas pelo Governo do Tocantins. “O Tocantins respira o agronegócio e essa decisão irá afetar diretamente o desenvolvimento socioeconômico de nosso Estado”, considerou o prefeito.
por Wesley Silas
A medida foi um dos assuntos mais comentados no Estado e fez com que entidades como o Sindicato das Indústrias de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e derivados do Estado do Tocantins (SINDICARNES), Federação da Agricultura do Tocantins (FAET), Sindicatos Rurais, deputados e prefeitos como os de Araguaína e Gurupi se posicionassem contra a suspenção os Termos de Acordos de Regime Especiais (TARE) do setor de abate e processamento de carnes bovinas.
Para o prefeitos de Gurupi, Laurez Moreira a decisão do Governo do Tocantins de suspender os benefícios fiscais concedidos aos frigoríficos do Estado “é preocupante, pois tem como consequência a elevação da carga tributária, bem como do preço do produto para o consumidor final, que afetará todo o Tocantins”.
“Entendo que o momento não é o ideal para que o Governo retire esses incentivos, o Tocantins respira o agronegócio e essa decisão irá afetar diretamente o desenvolvimento socioeconômico de nosso Estado. Solidarizo-me com todos os frigoríficos e ressalto que o Tocantins está em expansão e precisa de incentivos e políticas que gerem mais empregos e consolidem a sua industrialização e o aumento da carga tributária vem na contramão dessas medidas”, disse o prefeito por meio de uma nota.
Repercussão na Assembléia
A suspensão de incentivos fiscais para frigoríficos na última segunda-feira, 30, também foi o principal assunto discutido pelos deputados na sessão desta quinta-feira, 3.
Para o deputado Júnior Geo (PROS), romper acordos de incentivos sem um entendimento com o setor pode gerar insegurança jurídica no Estado e afastar investidores. “Essa situação gera um problema socioeconômico, pois com a redução de empregos na iniciativa privada a população tende a depender ainda mais do setor público, e deveríamos fazer o contrário”.
Líder do Governo na Casa, Gleydson Nato (PHS) esclareceu que o ato tem o objetivo de corrigir as disparidades entre os setores. “O Governo está revendo acordos feitos pelas gestões passadas que trouxeram prejuízos à economia e injustiça entre os setores. A intenção não é aumentar impostos nem promover o desemprego, mas continuar gerando crescimento econômico, emprego e renda. Por isso, o Governo vai sentar e dialogar com as classes empresariais para discutir uma solução justa, que garanta o desenvolvimento do Estado”, justificou.