Por Heliana Oliveira
Alguns vereadores de Gurupi (digo alguns, pois uns poucos se salvam) pensam que estão em uma coletividade onde ninguém pode ir contra as idéias que porventura tenham, idéias estas que eles acreditam ser as mais ‘eloquentes’ da galáxia. Chegam até parecer bobos da corte. A maioria está programada apenas para dizer ‘sim’. Os ‘nobres edis’ esquecem que vivemos numa democracia e qualquer cidadão é livre para emitir qualquer crítica ao trabalho deles, e olha que deveriam trabalhar mais e melhor, pois são bem remunerados para isso.
Os debates na câmara de Gurupi são tão desinteressantes que os vereadores falam praticamente para as paredes, porque a comunidade não sente nenhum interesse em participar, nem mesmo a imprensa. Não raro, os nobres fogem da pauta e ficam fazendo réplicas e tréplicas sobre assuntos que estão muito aquém do interesse coletivo, isso com o único objetivo de defender o “Rei”. É exatamente nestes momentos que parecem, sim, ‘comadres batendo boca’. Sem ofensas às ‘comadres’.
Eu que acompanho quase que assiduamente as sessões da câmara de Gurupi desde 2007 falo para quem quiser ouvir que a atual legislatura é fraquíssima, com debates pífios e que não chegam a lugar nenhum. Tem gente lá que parte para a gritaria como se estivesse num púlpito de igreja, daquelas igrejas bem chatas.
Liberdade de expressão não parece ser algo importante para dois vereadores daquela Casa. O ‘excelentíssimo’ presidente Wendel Gomides e o peemedebista Ivanilson Marinho, que nessa terça-feira, 27, tentaram retaliar um comentário feito na minha rede social e desqualificar-me como profissional. Os dois vereadores esquecem que qualquer cidadão pode emitir crítica ao trabalho deles, e eu enquanto profissional da comunicação tenho até obrigação de fazer isso.
Essa câmara que aí está há tempos vem mostrado ser pequena, apesar de que há alguns vereadores lá que sabem o que falam e que somam. Deve ser por esse nível tão baixo de discussão que os vereadores aceitaram sem retrucar, com exceção da oposição, a retirada da TV Câmara. Bom é que ano que vem temos a oportunidade de mudá-la! O povo de Gurupi não aceita esse comportamento provinciano.
Heliana Oliveira – jornalista , formada na Unirg em 2007, pós-graduada em Comunicação em Crise nas Organizações Públicas e Privadas e atual repórter do Jornal Cocktail.