Em quatro dias, três mortes já foram registradas em unidades prisionais das maiores cidades do Tocantins (Palmas, Araguaína e Gurupi). A situação é preocupante, pois recentemente tivemos a tragédia que repercutiu mundialmente em uma prisão de Altamira, no Pará.
Por Régis Caio
Na noite desta segunda-feira (05) o detento Aristeu Ribeiro Filho, de 38 anos, foi esquartejado no presídio Barra da Grota, em Araguaína. O corpo foi encontrado no pavilhão B da unidade e levado para o IML do município.
No domingo (04) o preso Gernilson Vieira de Sousa foi encontrado morto na Casa de Prisão Provisória de Palmas. Ele estava com uma corda amarrada no pescoço e marca de perfurações pelo corpo. Já na última sexta (02) o corpo de Ademirde Pereira da Silva foi localizado na Casa de Prisão Provisória de Gurupi.
Recentemente tivemos o massacre de Altamira -PA, onde 62 detentos foram mortos durante uma disputa entre facções criminosas. Este caso, foi o maior já registrado em presídios, desde Carandiru e repercutiu mundialmente .
No Brasil, a maioria das cadeias estão superlotadas, a estrutura não suporta a demanda de detentos, fazendo com que as unidades se tornem uma “panela de pressão” que pode explodir a qualquer momento, sem contar o fator crime organizado, gerando uma rivalidade entre grupos criminosos na disputa pelo controle do tráfico de drogas e outros delitos, e que planejam as suas ações no interior dos presídios.
O massacre de Altamira, no nosso estado vizinho, faz com que o Tocantins ligue o sinal de alerta com relação ao seu sistema carcerário. Algo precisa ser feito com eficácia e rigidez pelas autoridades competentes e assim evitar uma tragédia maior do que essas três mortes em quatro dias.