por Wesley Silas
Apesar de a instituição ter começado, somente agora, a despertar do sono profundo em assuntos como a violência, queria entender quais são os motivos da tímida participação da Unirg em debates envolvendo a sociedade para que assim ela possa colocar seus diversos cursos como protagonistas em assuntos que envolvem a sociedade e volte a ser o orgulho da região.
Exemplos são muitos, um deles são os problemas que afetam toda a sociedade como zika, dengue e chikungunya. Principalmente, nesta data em que a Prefeitura Municipal realiza dia “D” de combate ao Aedes aegypti, e também é comemorado o Dia do Jornalista; mas, não vejo nenhum professor visitar ou enviar sugestão de pauta aos veículos de comunicação e usar espaços gratuitos para fazer a parte social da instituição e divulgá-la de forma gratuita.
Para não ser injusto, não posso deixar de citar alguns dos poucos projetos que merecem destaque por darem retorno à sociedade, como o Escritório Modelo, a Escolinha de Futebol do Programa de Atividades Físicas e Esportivas (Proafe), do curso de Educação Física do Centro Universitário UnirG e a Casa de Cultura criada em 2003 pelo maestro Othonio Benvenuto.
Ideologia de Gênero
O polêmico debate sobre os livros didáticos da educação infantil aberto pelo vereador e procurador da Unirg, Ivanilson Marinho, envolvendo a ideologia de Gênero foi outro assunto que ainda não entendi os motivos da NÃO participação dos mestres da Unirg, principalmente dos cursos de Pedagogia, Letras, psicologia, Direito, etc…
Naquele momento, o vereador Ivanilson, que não é pedagogo, chegou a fazer uma varredura nos conteúdos de todos os livros para ver se havia Ideologia de Gênero. Será que os nossos mestres não são capazes ou estão acomodados e temerosos em se posicionarem?
Velhos computadores continuam presente
Dias atrás tive a oportunidade de visitar o curso de Comunicação da Unirg e presenciei interesses de professores em manter o curso, ao mesmo tempo, tive a infelicidade de ver que a dinâmica (in)volutiva do laboratório de informática ainda continua estagnada, principalmente quando se trata dos equipamentos, e pouco interesse dos que possuem a caneta em oferecer suporte para que aconteça uma educação superior de qualidade.
Visão de um egresso
Mas afinal, como é que a Unirg pretende crescer se laboratórios de cursos, como o de Comunicação Social, não acompanham a necessidade e tendência tecnológica do mercado de trabalho, onde alunos e professores continuam a pesquisar com os mesmos computadores e equipamentos de 2007, época em que graduei em Comunicação Social.
Lembro que naquela época já trabalhava na área e cobrava da coordenação do curso softwares adequados, mas hoje, apesar das propostas inovadoras das diretrizes curriculares, com um curso voltado para era digital e ás novas mídias – fica difícil adentrar neste universo com tecnologias obsoletas.
Elefantes Brancos maculam a cidade
Como se não bastasse os “Elefantes Brancos” espalhados nas chegadas leste (Usina de açúcar desativada), norte (os prédios do PAIG) e sul (indústria de pneus Canadense e Arroz Araguaia); o descaso de obras financiadas pelo Governo Federal contaminou também Centro Universitário Unirg (BNDES) e o Campus da UFT (MEC) na cidade. No caso da UFT, são prédios que, segundo informação de um professor da instituição, o dinheiro foi repassado em 2009 para a conclusão da construção dos laboratórios e, sem o término, causa prejuízos às pesquisas em cursos como de Biotecnologia, Química Ambiental e Agronomia. Já na UNIRG o Tribunal de Contas condenou pavilhões que estão no papel como concluídos, mas até hoje, apesar das paredes estarem levantadas, a pintura ainda não chegou…