O caso aconteceu no dia 07 de agosto de 2018, quando a paciente I.V.R, 79 anos, internada há mais de 4 meses no Hospital Regional de Gurupi – TO, em Cuidados Paliativos, recebeu visita da sua cadela Shitzu, que atende pelo nome de Júlia.
por Redação
A visita assistida do animal foi realizada após discussão e autorização da equipe multiprofissional envolvida na assistência à paciente e acordada com a direção do Hospital (Cristiane Costa Uchoa – Direção Geral, Fernando Bezzerra Mota – Direção Administrativa e Renato Rodrigues Olveira – Direção de Enfermagem) e familiares. Teve como objetivo principal contribuir com o tratamento como uma forma de levar “carinho e alegria” à paciente internada, que externava grande afeto e saudade pelo seu animal.
Conforme informações do hospital, foi tomado todos os cuidados necessários, prezando o bem estar da paciente, animal e instituição. “Familiares apresentaram atestado de Bom Estado Geral e carteira de vacinação em dia, emitida por Médico Veterinário que acompanha o animal há 10 anos. Foi escolhido um horário apropriado, com menor fluxo de pessoas e por um curto período de tempo”, informou.
Segundo a equipe que acompanhou o caso, a visita foi realizada com sucesso, ocasião em que foi demonstrado muitas emoções tanto para o animal como para paciente que encerrou a visita com um forte abraço da paciente na cadela Júlia e lágrimas nos olhos. “A proposta de terapia com cães não promete a cura de doenças, mas promove benefícios físicos e mentais, tais como melhoria da capacidade motora, do humor deprimido; diminui a ansiedade e aumentam a sociabilidade e sentimento de autoestima”, informou a assessoria do hospital.
Segundo a psicóloga Flávia Mendes Sobrinho, apesar da visita ter isso realizada em pouco tempo, a paciente ficou muito emocionada demonstrando fortes laços com seu animal de estimação. “Esta ação se qualificou como um momento significativo considerando os aspectos emocionais da paciente”, disse.
Já a Terapeuta Ocupacional, Leoma Antônio de Sena, reforçou sobre a importância da colaboração de toda equipe multiprofissional para realização da ação.
A filha da paciente, Divina Luiz Rocha Pereira, não escondeu a felicidade em ver sua mãe mais tranquila e disposta para o exame programado logo após a visita do animal de estimação. Da mesma forma observou equipe de enfermagem com a melhora da saturação da paciente o que facilitou no procedimento.
“Esta ação é mais um passo no processo de humanização nos Cuidados Paliativos dos nossos pacientes. Lembramos ainda que os tratamentos que utilizam animais na recuperação de pacientes já vêm sendo aplicados em diversos países, contabilizando resultados positivos”, informou a equipe.
Animais em ambientes hospitalares
A utilização de animais em ambientes hospitalares ocorre com frequência em hospitais nos Estados Unidos há várias décadas. No Brasil, o método foi introduzido no ano de 1997, chamado de zooterapia ou terapia assistida por animais. Entretanto, vale ressaltar que esta ação segue critérios técnicos e científicos avaliados pela equipe multiprofissional como quadro clínico, prognóstico, tempo de internação, entre outros; sendo indicado a um grupo restrito de pacientes.