“Enquanto as alianças não são refeitas, o cenário político do Tocantins, assim como do Brasil, lembra o exemplo de mulher/homem traída (o) que tenta reatar o relacionamento, com as lamúrias à la Marilia Mendonça, e, para desestabilizar as emoções do eleitor, colocam seus assessores de gabinetes nas redes sociais e, para fortalecer e dar “credibilidade” a mensagem, pagam alguns veículos de comunicação para disparar rajadas de factoides ou tirar do túmulos denúncias antigas, até então esquecidas, para o desmonte de imagens de figuras públicas opositoras”, Wesley Silas.
por Wesley Silas
Uma fábula indiana cita o diálogo entre as aves milhafres e corvos que tinham a intenção de dividir uma raposa indefesa após ser ferida por caçadores em uma floresta. Após diálogo, os milhafres e os corvos acertaram que os corvos ficariam com a parte superior do corpo e os milhafres com a inferior da raposa.
Como boa observadora, a ardilosa raposa disse que sempre achou o milhafres superiores aos corvos na inteligência e com isso deveriam ficar com a parte superior do seu corpo, da qual fazia parte da sua cabeça e outras coisas delicadas existentes dentro da sua capacidade encefálica. Soberbos, o Milhafres concordaram, enquanto os corvos sentiram ofendidos e discordaram. E assim começou a guerra entre os rivais, muitos morreram de ambos lados, e os poucos sobreviventes escaparam com dificuldade.
A raposa continuou ali por alguns dias, alimentando-se tranqüila com os Milhafres e corvos mortos, e depois foi embora bela e fagueira observando.
Partindo da fábula para os fatos reais da política tocantinese, simbolicamente e sem intenção pejorativa, mas de contextualizar os fatos, o cenário político não distancia e pode ser também imaginado como uma sala escura com um monte de gente dentro querendo alcançar a luz do poder, com bilhetes limitados distribuídos pelo eleitor e pequena parte por cambistas do poder, representados por inexpressivas lideranças.
Neste constrói e destrói de imagens públicas, na disputada da parte mais elevada do poder estão os nomes do governador Marcelo Miranda (PMDB), os senadores Ataídes Oliveira (PSDB) e Kátia Abreu (hoje PMDB), o presidente a Assembleia Mauro Carlesse (PHS) e o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB).
Em segundo planto, para senador, estão nomes tradicionais da política do Tocantins, sendo eles os deputados federais Cesar Halum (PRB), Carlos Gaguim (Podemos), o senador Vicentinho Alves (PR) que tentará a reeleição, o ex-governador Siqueira Campos (sem partido) e os prefeitos Ronaldo Dimas (PR) e Laurez Moreira (PSDB), de Araguaína e Gurupi.
Mais uma vez nos bastidores, chega a ser palpável ver e ouvir falas de desprezos, críticas, denúncias e rótulos construídos por personalidades ilustres pautadas, exaustivamente, na editorias de alguns veículos de comunicação do Estado, estando neste mesmo balaio nomes de novatos e de tradicionais da política.
As entrelinhas estão claras e mostra os nomes que disputam o poder caminham para convergir numa polarização e, as críticas e rótulos, serão reveladas como desejos escondidos, os mesmos expressados no ditado popular de “quem desdenha quer comprar”. Ou seja, não quero que você disputa, não quero saber o que você fez; mas quero o seu apoio.
Enquanto as alianças não são refeitas, o cenário político do Tocantins, assim como do Brasil, lembra o exemplo de mulher/homem traída (o) que tenta reatar o relacionamento, com as lamúrias à la Marilia Mendonça, e, para desestabilizar as emoções do eleitor, colocam seus assessores de gabinetes nas redes sociais e, para fortalecer e dar “credibilidade” a mensagem, pagam alguns veículos de comunicação para disparar rajadas de factoides ou tirar do túmulos denúncias antigas, até então esquecidas, para o desmonte de imagens de figuras públicas opositoras, ignorando a capacidade do eleitor distinguir os bons e dos maus políticos; alimentado o falso moralismo político traidor do “faça o que eu digo, mas não faça o eu faço”.
Só o tempo dirá, quais serão os mais habilitados na capacidade jogar e de convencer o adversário de hoje para ser seu aliado de amanhã, aos olhos da plateia, Vossa Excelência o eleitor.