Um cruzamento de informações feito pelo jornal Correio Braziliense mostra que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário esbanja recursos públicos no momento em que as famílias brasileiras vivem um cenário de aperto geral.
O jornal cita também um levantamento feito pela OnG Contas Abertas sobre o custo do Parlamento brasileiro que saiu por um custo de R$ 1 milhão por hora.
“A fatura não envolve apenas os gastos de deputados e senadores com as verbas de gabinete e benefícios de passagens aéreas. Um legislativo funcionando é sinal de vitalidade da democracia, não há dúvida. É bom não esquecer, contudo, que essa conta envolve os dias de recesso parlamentar e as segundas e sextas, quando deputados e senadores abandonam Brasília para cuidar das próprias bases eleitorais”.
Já o preço da Justiça brasileira é também muito salgado no bolso do contribuinte, onde os magistrados continuam recebendo seus vencimentos acima do teto constitucional de R$ 33,7 mil.
“A Justiça brasileira custou R$ 175 bilhões ao contribuinte no ano passado, quase 270% a mais que em 2015. O dinheiro veio de empenhos do Ministério do Planejamento, e, segundo o Conselho Federal de Justiça (CNJ), responsável por fiscalizar o Poder Judiciário, todo o gasto é praticamente com o salário dos servidores”, relata a matéria assinada por 07 jornalistas.
O Palácio do Planalto deu as costas para a crise concedendo vários reajustes ao funcionalismo na tentativa de seduzir sindicatos e servidores, desconfiados com a abrupta interrupção do governo Dilma Rousseff.
“Eles pediram e levaram aumentos de salários que custarão mais de R$ 100 bilhões entre 2016 e 2019. E mais está por vir: o carreirão, que fechou acordo para reajuste de 10,8% em dois anos, quer equiparação com a elite do funcionalismo, cujo aumento em quatro anos chegou a 27,8%. Essa nova fatura, se aceita pelo governo, pode somar R$ 16 bilhões. Confira, a partir de hoje, série de reportagens do Correio que mostra as prioridades que o Estado dá ao dinheiro público”, conclui a reportagem.