A Polícia Federal recebeu, este mês, documentos que apontam possível esquema de desvio de verbas envolvendo o ex-senador Vicentinho Alves (PL-TO) e o filho dele, o deputado federal Vicentinho Júnior (PL-TO).
Da redação
Os papéis sugerem “supostas irregularidades na liberação de emendas parlamentares quando do exercício do mandato de senador da República, e, ainda, (…) eventual ocorrência de infrações penais supostamente praticadas por atual deputado federal”, escreveu o delegado da Divisão Especial de Repressão à Corrupção (Decor) da Polícia Civil do Tocantins Gilberto Augusto de Oliveira.
O caso foi enviado à PF por envolver verbas federais, e a investigação está apenas no início, ponderou uma fonte. A documentação foi remetida ainda ao Ministério Público do Tocantins e à Controladoria Geral da União (CGU), em Brasília.
A apuração começou com uma carta anônima que, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Tocantins, tem trechos verossímeis.
Ao UOL, Vicentinho Alves, que deixou o Senado em 2019, e Vicentinho Júnior negaram as acusações e afirmaram ser vítimas de um “dossiê” anunciado no início de março em um bate-boca na Câmara. Eles acusaram o governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), o secretário de Segurança, Cristiano Barbosa, e o deputado Carlos Gaguim (DEM-TO) de persegui-los. Vicentinho Júnior disse que sofre retaliação por fazer oposição a Carlesse e denunciar compras supostamente superfaturadas, como marmitas em presídios, cestas básicas e equipamentos de saúde contra o coronavírus. Registros da Câmara dos Deputados mostram que, em 12 de março, Junior relatou que seria alvo de um dossiê que, segundo ele.