O vereador Ronaldo Lira – PSC reeditou um Projeto de Lei do ex-vereador Sargento Jenilson que não chegou a passar nas comissões em 2017. Na práxis da política de Gurupi, inaugurar obras inacabadas nos finais das últimas gestões se tornou estratégia de propaganda para imprimir nomes de políticos em placas de prédios, ruas e avenidas pavimentadas, muitas dessas obras com defeitos.
por Wesley Silas
De acordo com a pedagoga e especialista em Gestão Pública, Ana Paula Takiute, é uma tendência nacional, vereadores apresentarem Projetos de Leis voltados impedir a inauguração de obras inacabadas pelo poder executivo municipal.
“Não se trata apenas o custo de duas placas, a da inauguração fajuta e a de funcionamento do equipamento público. Nem mesmo o que pode parecer um gesto folclórico, o do governante querer deixar a sua marca na administração, mesmo não tendo tempo ou recursos ou competência para concluir a obra. Inaugurar obras inacabadas é desrespeito com a população que o elegeu para concluir obras e não as deixar no meio do caminho com placas de propaganda”, comenta a professora em um artigo publicado no Portal Cidade no dia 07 de fevereiro de 2020. .
Em Gurupi não é diferente, várias obras inacabadas foram inauguradas nos finais das últimas gestões sem sequer estarem concluídas. Na pressa, gestores deixam problemas para seus sucessores e à comunidade como a falta de qualidade de obras, como aconteceu no CEASA, Creches, Camelódromo, asfaltos sem meio-fio e o mercado municipal que antes de ser ocupado enfrenta problemas e defeitos com a necessidade de ser refeitas.
Desperdício do dinheiro público
Na justificativa do Projeto de Lei, o vereador Ronaldo Lira defende a necessidade dos gestores evitarem descasos com a sociedade e valorizar os recursos públicos.
“A fim de evitar o desperdício do dinheiro público, as falhas nos processos licitatórios, o desemprego- que é o resultado das paralizações é da não entrega das obras, e garantir assim o bem-estar dos cidadãos, que usufruirão de estrutura seguras e devidamente concluídas”, escreveu o vereador na justificativa no PL.
