No início desta semana a Polícia Militar o 4º Batalhão de Polícia Militar de Gurupi retirou a 93ª arma de fogo que estava sendo usada por um homem de 21 anos e um adolescente que estavam, além da arma, portando drogas e na semana passada em um intervalo de 72 horas foram presos 09 pessoas, algumas delas suspeitas de homicídios, apreendeu em Gurupi quatro motocicletas com registros de furtos e roubos e fecha o mês de novembro com apreensão de 160 veículos com restrições de furto ou roubo. Nestas estatísticas não entram os números de prisões e apreensões de pessoas, armas e veículos feitos pela Polícia Civil e Polícias Federal e Rodoviária Federal.
por Wesley Silas
Segundo a assessoria de comunicação da PM, as estatísticas fazem parte circunscrição do 4º Batalhão de Polícia Militar que engloba Gurupi e outras 16 cidades da região que tem o comando do tenente-coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça. A soma das armas apreendidas daria para formar uma pequeno exército de bandidos em uma cidade onde já foi confirmada a presença de facções criminosas como o Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC) que disputam áreas na cidade, como foi o caso da prisão Jânio Alves Barbosa, o Jânio Play, em junho de 2018 pela Polícia Civil, considerado pela PC como líder de facção criminosa ordenava assassinatos em Gurupi.
“Ao todo, em 2018, foram furtados e/ou roubados 139 veículos. No entanto, a Unidade recuperou 160 unidades. A conclusão é de que o 4º BPM recuperou o equivalente a todos os veículos furtados e/ou roubados na sua área circunscrional, além de outros, cujas subtrações aconteceram noutros municípios ou estados da federação”, informou a assessoria de Comunicação da Polícia Militar ao Portal Atitude.
No período de janeiro a outubro de 2018, o 4º BPM retirou de circulação 93 armas de fogo com potencial lesivo à comunidade que vão desde armas artesanais até as mais sofisticadas como pistolas calibres .40, 380 e fuzis.
Mas, da onde vem estas armas?
Em junho deste ano durante apreensão de uma avião com mais de 270 quilo de cloridrato de cocaína, origem da Colômbia, na cidade de Formoso do Araguaia, o piloto Murilo Ribeiro,que residia em Formoso, declarou que ele já teria sido preso fronteira do Paraguai quando ele levava dois fuzis em um avião. São informações que leva a crer que parte das armas usadas em Gurupi via fronteiras vinda de países como Argentina, Bolívia e Paraguai. Para combater o tráfico internacional de drogas e armas, o ministro de Segurança, Raul Jungmann, anunciou na quarta-feira, 28, que Brasil vai instalar três radares aéreos para controlo de voos de baixa altitude nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia nas zonas denominadas “pontos cegos”, usadas por contrabandista. “A partir de agora, estamos a reduzir por via aérea a possibilidade de armas e drogas chegarem às nossas cidades e aumentar o medo, a violência e a força das fações criminosas”, disse Raul Jungmann em conferência de imprensa. A declaração foi de encontro ao anuncio do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que terá o general Fernando Azevedo e Silva como futuro ministro da Defesa, e na pasta da justiça, o juiz Sérgio Moro.
Prisões nos últimos 10 meses
Enquanto isso, na região sul do Tocantins, que também faz parte da rota de tráfico internacional, outro número que mostra a resposta da polícia é o grande número de prisões, até o mês de outubro, a Polícia Militar realizou 374 prisões em flagrante de adultos, 59 apreensões em flagrantes de adolescentes, cumpriu 88 mandados judiciais e 13 mandados de internações, totalizando 534 pessoas privadas, temporariamente, da liberdade.
Muitas são casos reincidentes, como a prisão da madrugada desta sexta-feira, 30, de um homem em cima do telhado de uma residência após praticar furtos. Segundo a PM, este criminoso possui extensa ficha criminal com diversas passagens pela prática reiterada de furtos, desde a sua adolescência. Nesta mesma linha, aparece o caso de Alex Santos da Silva, conhecido como Fininho, preso no dia 24 de novembro por envolvimento da morte do ex-vereador Divino Ferreira de Assis, de 67 anos, em Gurupi. Em setembro deste ano, Alex Fininho chegou a ser detido após fugir da PM com um carro roubado e se envolver em um acidente próximo ao Parque Mutuca. Naquela ocasião, ele chegou a trocar tiros com a polícia e foi baleado, logo após, escondeu-se no teto de uma residência, onde foi preso; mas, acabou sendo solto e logo em seguida voltou às ruas e participou do latrocínio contra o ex-vereador Divino Ferreira de Assis em Gurupi.
Este números mostram que o vaivém das decisões em prender e liberar presos não acontecem somente com os criminosos do baixo clero, mas também em casos de crimes cometidos por poderosos a exemplo da operações Lava Jato como a soltura do ex-ministro Antônio Palocci, ocorrida na tarde de ontem para cumprir prisão domiciliar, após seu envolvimento em escândalo bilionários do qual Palocci teria beneficiado a Odebrecht em contratos com a Petrobras e, o mais recente envolve a revogação da prisão pelo Tribunal de Justiça do Tocantins beneficiando o ex-juiz eleitoral João Olinto, pai do deputado estadual Olyntho Neto, após dois dias ele ser preso por suspeito de cometer crime ambiental e organização criminosa no escândalo do lixo hospitalar em Araguaína.
No caso dos bons resultados das prisões em do 4ºBPM, a assessoria de comunicação considera que “é fruto das diversas operações realizadas pela Unidade, o comprometimento dos policiais militares e a parceria com outros órgãos de segurança pública e o cidadão”