A Polícia Civil do Estado do Tocantins, por intermédio da Delegacia Especializada em Investigação Criminal (Deic-Palmas) e do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) em apoio a uma equipe de policiais paulistas, cumpriram um mandado de prisão preventiva e busca e apreensão, na denominada OPERAÇÃO ECHELON, investigação mantida pela Polícia Civil de São Paulo, com a participação do GAECO-SP e Secretaria de Administração Penitenciária.
Da Redação
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram nesta quinta-feira (14) a Operação Echelon para atingir a estrutura do Primeiro Comando da Capital (PCC) que controla as ramificações interestaduais da facção criminosa. Trata-se do setor conhecido como “Resumo dos Estados”, que é subordinado diretamente à cúpula da organização.
Ao todo, os policiais estão cumprindo 59 mandados de busca e apreensão em 14 Estados. A Justiça decretou ainda prisão preventiva de 75 acusados, todos apontados como integrantes da facção.
No Tocantins, na cidade de Palmas, no inicio da manhã desta quinta-feira (14) foi cumprida uma busca residencial na quadra 97 do Bairro Aureny III, onde foram apreendidos diversos aparelhos de telefone celular, e na sequencia foi dado cumprimento a mandado de prisão preventiva contra Leandro Bonfim Albuquerque de Sousa, ele é apontado como um dos investigados na operação e no envolvimento na organização criminosa. Leandro foi levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas.
Os policiais mobilizados para a operação começaram as buscas às 6h. A concentração dos agentes, porém, começou duas horas antes. As investigações começaram em junho de 2017, quando o líder máximo da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, estava isolado pela sexta vez no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no presídio de Presidente Bernardes, na região oeste do Estado. É por isso que Marcola, condenado a 332 anos de prisão por diversos crimes, por enquanto, não figura entre os acusados que tiveram a prisão decretada pela Justiça neste caso.
As investigações feitas pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior -8 (Deinter-8), de Presidente Prudente, e pelo grupo de Atuação especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPE, mostraram como a cúpula do grupo mantém contato com bandidos em outros Estados, atuando nos tráficos de armas e drogas.
Nos últimos quatro anos, o total de integrantes do PCC espelhados fora de São Paulo cresceu 6 vezes, passando de 3 mil para pouco mais de 20 mil em 2018. A facção, que em São Paulo conta com 10,9 mil integrantes, está presente ainda em cinco países da América do Sul – Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai e Peru.
A expansão do PCC pelo Brasil levou à reação de gangues locais, que se aliaram ao Comando Vermelho, iniciando uma guerra que atinge principalmente os Estados do Norte e do Nordeste do País. Depois de São Paulo, os Estados que concentram o maior número de integrantes do PCC são, de acordo com o Gaeco, Paraná (2.829), Ceará (2.582) e Minas Gerais (1.432). Foi justamente em Minas que, na semana passada, a facção determinou a realização de uma série de atentados contra ônibus e ataques contra postos policiais.