da redação
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, comunicou, no início da noite desta terça-feira (6), a assinatura de memorandos de entendimento com nove plataformas digitais, a criação do disque-denúncia 1491 para recebimento de relatos de conteúdos falsos disseminados sobre o pleito e a disponibilização de um painel da Polícia Federal (PF) com estatísticas de investigações e crimes eleitorais.
Por meio dos acordos, as empresas TikTok, LinkedIn, Facebook, WhatsApp, Instagram, Google, Kwai, Telegram e X (antigo Twitter) se comprometeram a colaborar com a Justiça Eleitoral no Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE), inaugurado no dia 12 de março deste ano pelo ministro Alexandre de Moraes para organizar o trabalho de combate às mentiras propagadas pela internet durante as Eleições Municipais de 2024.
“O TSE, mais uma vez, acordou com as plataformas o cuidado e a cooperação que haverá de se ter para este objetivo de garantir o voto livre de todos os eleitores sem contaminação com desinformações, com mentiras que façam com que a liberdade seja garroteada de maneira mágica, de maneira falsa, por informações que não condizem com a veracidade dos fatos, portanto, com a possibilidade de fazerem livremente as suas escolhas”, disse a presidente do Tribunal.
Também presente no evento, o ministro Alexandre de Moraes parabenizou Cármen Lúcia pelos importantes passos no enfrentamento das mentiras disseminadas nas eleições. Na visão do ministro, o mal do século em relação à democracia é a desinformação, bem como “a instrumentalização das redes sociais, que se deixaram – e ainda se deixam – instrumentalizar por discurso de ódio, por discurso antidemocrático, por discurso que pretende capturar a vontade do eleitor”.
“Não há nada mais sagrado na democracia e nas eleições que a vontade livre e consciente do eleitor. À medida que ele é bombardeado de forma fraudulenta por informações falsas, isso coloca em risco a democracia”, declarou.