Newton Hidenori Ishii, o “Japonês da Federal”, que ganhou projeção nacional por conduzir presos da Operação Lava Jato, acabou novamente preso na tarde desta terça-feira (7) em Curitiba. Ele é acusado de corrupção por facilitar a entrada de contrabando no país pela fronteira com o Paraguai.
Agente da Polícia Federal desde 1976, Newton Ishii chegou a ser preso pela própria corporação em 2003, na Operação Sucuri. Se aposentou no mesmo ano, mas teve a prisão revogada em abril de 2014.
Segundo o G1, o mandado foi expedido pela Vara de Execução Penal Justiça Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e ele está detido na Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense.
Réu na Operação Sucuri
O agente é réu em uma ação que surgiu a partir da Operação Sucuri. As investigações mostraram que os agentes facilitavam a entrada de contrabando no país, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O caso tramita sob segredo de Justiça.
Em março deste ano, o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou recurso de três réus da Operação Sucuri, deflagrada em 2003 contra 19 policiais federais, agentes da Receita Federal, e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por facilitação de contrabando em Foz do Iguaçu (PR).
Com a decisão – cujo recurso estava nas mãos de Fischer, este relator da Lava Jato no STJ, desde abril de 2015 –, Ishii e os outros dois agentes que recorriam – as investigações apontaram que os envolvidos facilitavam a entrada de produtos contrabandeados na fronteira do Brasil com o Paraguai – seguem condenados, mas ainda podem recorrer ao colegiado do STJ e ainda mais uma vez, mas ao Supremo Tribunal Federal (STF). (Fonte: Brasil Posto e G1)