Para capacitar mulheres privadas de liberdade da Unidade Prisional Feminina (UPF) de Palmas, profissionalizando-as através da oferta de oficinas permanentes de corte e costura a serem desenvolvidas no próprio estabelecimento penal, será inaugurado na próxima segunda-feira, 22, às 9 horas, o projeto “Linha e Arte: Um Recomeço”.
A solenidade de inauguração do espaço contará com a presença da secretária de Estado, Gleidy Braga, do arcebispo Dom Pedro Brito e do defensor público geral Marlon Amorim, uma vez que a iniciativa resulta de um Acordo de Cooperação Técnica assinado em fevereiro deste ano entre o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), a Ação Social Arquidiocesana de Palmas e Defensoria Pública Estadual (DPE).
O projeto, que está sob os cuidados da Diretoria de Políticas e Projetos de Educação para o Sistema Prisional da Seciju, conta, ainda, com equipamentos e insumos para o desempenho das atividades, como máquinas de costuma, que já foram adquiridos. A capacitação ocorrerá através de aparelhamento e realização de oficinas permanentes de corte e costura profissional, em especial de roupas íntimas. Para tanto, foram realizadas adequações e reparos no espaço físico da unidade onde funcionarão as oficinas.
O projeto será apresentado às reeducandas e demais presentes e todos visitarão o espaço das atividades. A partir dessa formalização, as mulheres presas que irão participar do projeto serão estimuladas a se tornarem multiplicadoras do conhecimento e das técnicas adquiridas para as demais colegas privadas de liberdade, disseminando uma opção viável de profissionalização e de obtenção de renda por via lícita. A UPF de Palmas acolhe tanto mulheres da Capital como de demais municípios do Tocantins.
Para a secretária Gleidy Braga, esse projeto visa, principalmente, um recomeço. “Recomeço com uma profissionalização que lhes será garantida. Só cuidar da parte estrutural, o que é obrigação do Estado, não basta. É preciso compartilhar essa gestão, como estamos fazendo através dessa parceria com a Igreja Católica e a Defensoria Pública, uma vez que ambas as instituições são representativas na sociedade que receberá essas mulheres de volta para o convívio social. Isso é um exemplo de inclusão produtiva”, declarou.
Após a inauguração do projeto, cerca de 20 reeducandas das duas primeiras turmas de profissionalização terão uma semana de preparação, com palestras estimuladoras que contemplam temas como: relações interpessoais, corporativismo e empreendedorismo. O curso de costura profissional tem previsão para começar no início de setembro.
“Espera-se que através da qualificação promovida pelo projeto, estas mulheres encontrem meios para se incluírem na sociedade mais ampla de maneira produtiva e tracem caminhos efetivos de participação social para si e para seus familiares, superando a vulnerabilidade que lhes são impressa em relação ao sistema penal”, concluiu o diretor de Políticas e Projetos de Educação para o Sistema Prisional, Valcelir Borges.