Irônico o tempo. Escrevi o 1° texto desse título para criticar a medida eleitoreira do Programa +Médico do Governo Federal, onde nesse procedimento, ou por causa dele, foi importado médicos para fazer atendimento em nosso território sem a devida avaliação pelas entidades médicas responsáveis. E continuo pensando o mesmo do +Médicos. No entanto estou usando-o novamente para apresentar a sociedade meu pensamento sobre a corrida presidencial.
Estamos assistindo a propaganda eleitoral e nela vemos vários nomes concorrendo a sucessão da presidente Dilma Rousseff. Porém se destacam, ou são mais apresentados pelos meios de comunicação apenas quatro candidatos. Dilma (PT) candidata a reeleição, Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB), e Pastor Everaldo (PSDC).
Gostaria que ficasse bem claro que estou emitindo minha opinião pessoal. Não quero ser entendido como o dono da verdade. Longe de querer ter essa patente, mas como político que pleiteou mandatos, eu tenho o dever de mostrar a sociedade a minha opinião.
O candidato do meu partido (PSDB) Aécio Neves faz um discurso daquele que quer ser eleito de qualquer maneira. Nosso partido governou o Brasil por muitos anos, teve a oportunidade de fazer ou tomar atitude que beneficiasse a maioria. Não o fez. Fui candidato a prefeito em 1996, em pleno Governo FHC. As pessoas passavam fome. Não tinham emprego, muito menos salário digno e justo. Não vislumbravam o crédito. O governo não priorizava o pobre e muito menos o Nordeste, nem pagava uma Bolsa Renda melhor que a de hoje. Tenta enganar.
A candidata Marina Silva (PSB), a amiga íntima de Deus (Não morreu porque Ele a avisou), tem propostas. A principal é “privatizar” o Banco Central, entregá-lo aos banqueiros. Com essa atitude se perderá totalmente o controle sobre o Sistema Financeiro. Voltará a INFLAÇÃO, os JUROS altos, os SALÁRIOS achatados. Isso traz lucro para os agiotas. É a candidata dos especuladores, da inflação, do arrocho salarial, e conseqüentemente da fome.
O candidato pastor Everaldo (PSDC) já foi bastante enfático no seu discurso. Vender (Dar com recursos do BNDES) tudo que construímos em dezenas talvez centenas de ano, como o Banco do Brasil, a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal, o BASA, e tantas outras empresas. Como se essas instituições não tivessem nenhuma importância na Economia Nacional, nem mesmo nenhuma função social a cumprir. Haja visto que a Petrobrás é quem subsidia os preços dos combustíveis, o Banco do Brasil e BASA subsidiam o Agronegócio, a Caixa financia as habitações populares, todos cumprindo sua função social.
A candidata Dilma (PT), sucessora do presidente Lula e mantenedora da maioria de seu plano de governo, ampliou a Bolsa Família, fez Reforma Agrária, gerou 15 milhões de empregos, está concluindo a Ferrovia Norte Sul, está transpondo o Rio São Francisco beneficiando 12 milhões de nordestinos, construindo a Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que será a redenção energética do Norte do Brasil, revitalizou a Indústria Naval Brasileira, retirou mais de 22 milhões de brasileiros da miséria, tem o menor índice de desemprego da história, maior salário mínimo dos últimos 40 anos, tem a inflação que corrói os salários sobre controle, pagou a dívida externa, criou a Farmácia Popular que distribui medicamentos para a maioria das doenças crônicas, abriu 18 novas Universidades Públicas, criou o PROUNI e o FIES que permitiu o filho do pobre ser “doutor”, criou 10 parques de geração de energia eólica, distribuiu milhares de casa para as pessoas de baixa renda, criou o PRONATEC para formar tecnólogos, construiu e modernizou Portos, Aeroportos e Estradas, e muitas outras ações que tornaria enfadonho esse texto se fosse transcrever.
Os impostos que pagamos hoje são os mesmos que pagávamos no tempo de FHC, menos a CPMF. As alíquotas são as mesmas. A aplicação foi que diferenciou e me fez e faz acreditar em Dilma. Houveram erros, mas se compararmos com os governos anteriores esse governo está anos-luz a frente dos antecessores. Foi dado ênfase ao pobre. Comer, vestir, ter casa própria, ter salário digno, passear, se formar. Não nos enganemos com promessas mirabolantes. Esse governo precisa continuar. Prosseguir tratando desigual os desiguais.
Arimatéia Macêdo é médico & escritor
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