Ao contrário do procurador de Justiça Leonardo Azeredo dos Santos, do Ministério Público de Minas Gerais, que pediu criatividade para melhorar o salário “mizerê” de R$ 24 mil, o procurador de Justiça, Ricardo Vicente da Silva, em reunião do Conselho Superior do Ministério Público do Tocantins, jogou na mesa os altos valores pagos aos 113 membros (Promotores e Procuradores), somando R$ 204 milhões do ano de 2004 para 2019.
por Wesley Silas
Na reunião do Conselho Superior do Ministério Público do Tocantins, ocorrida na quarta-feira, 11, o procurador de Justiça, Ricardo Vicente da Silva, criticou altos valores pagos para os 113 membros do ministério Público (Promotores e Procuradores) do Tocantins.
“Eu quero lembrar aos membros desta corte que desde 2004 até os dias de hoje já foram pagos R$ 205 milhões, pagos administrativamente, para os membros (Promotores e Procuradores). Para menos de 120 pessoas foram pagos realinhamentos, URV, diferença de anuênio e incentivo funcional. Eu pergunto: Não dá para pagar um mês de férias indenizadas para os servidores?”, questionou o procurador.
O procurador de Justiça, Ricardo Vicente, tentou mostrar aos seus colega que a carreira no ministério público deveria ser sacerdócio com desapego ao dinheiro
A fala do procurador aconteceu depois do chefe do Ministério Público ter colocado em votação e ter ficado decidido que os servidores receberiam, pelo menos, um mês de férias; mas, para surpresa os servidores deixaram de receber, para que os membros (Procuradores e Promotores) recebessem.
“Por isso é difícil o entendimento, ‘abre aspas’, vamos economizar até mesmo no cafezinho, no copo descartável, no telefone, na energia. Vamos economizar para quê? Para juntar este bolo de R$ 205 milhões e repartirmos entre nós membros do ministério Público?”, disse o procurador de Justiça, Ricardo Vicente, aos seus colegas que além dos salários desfrutam durante o ano de dois meses de férias por ano e 18 dias de recessos e, quando fica de plantão no sábado e domingo pode gozar mais uns 90 dias de férias.