Na semana passada o presidente do Sindicato em Educação do Estado do Tocantins (Sintet), José Roque, saiu em defesa da proposta do estudo de reestruturação das carreiras públicas, pois segundo ele, poderá valorizar os servidores.
“Acreditamos que o estudo equacionará os recursos e valorizará os servidores da educação, saúde e do quadro geral, que até agora foram prejudicado pelo Governo em detrimento de outras categorias. Nós queremos que todos sejam valorizados, do vigia ao médico e ao engenheiro”, defende o presidente José Roque.
A fala de Roque reflete uma situação desconfortável e os números que chamam mais atenção envolvem os auditores Fiscais (3ª Classe) da Receita Estadual que tiveram neste período reajuste de 2.238,85%, onde os salários pagos em 2001 chegava a R$ 828,00 e em 2015 chegou a R$ 19.365,66. Outro número que chama atenção foi o aumento dos salários dos Defensores Públicos que passaram R$ 1.381,00 no ano de 2001 para R$ 26.125,17. Já o Procurador do Estado teve reajuste neste período de 833%, onde os salário elevou de R$ R$ 2.800,00 do ano de 2001 para R$ 26.125,17 para este ano.
Envolvem pasta como a da saúde, onde o médico teve no período entre 2001 a 2015 reajuste de 541,22%, salário em 2015 de R$ 8.848,80, e quando comparado com outros cargo, como exemplo o de Auxiliar de Enfermagem, mostra pesos diferentes na hora do reajuste – sendo que hoje recebe R$ 996,45, aumento de apenas 103% no mesmo período.
Outro número que chama atenção na tabela foram os reajuste dados aos professores da educação básica em que no mesmo período em que servidores de outras pastas tiveram mais de 2.000% de ajustes, os docentes tiveram reajuste de 181,26%. Assim como os servidores do quadro geral de todos os níveis, citado por José Roque, que variou entre 103,03% a 162,67.
Nas planilhas do relatório mostra uma grande discrepância no quadro atual de remuneração dos servidores, conforme aponta as tabelas abaixo:
Durante reunião com o Sintet, o deputado Ricardo Ayres disse que o propósito do estudo é fazer justiça com os servidores que não tiveram ganhos, condenando, segundo ele, os privilégios dados a poucos e equacionando as finanças do Estado para que a população não sofra pela falta de investimentos.
O deputado destacou que seu desejo é contribuir com a construção de um estado para 1,5 milhões de habitantes, que possa equilibrar suas finanças e valorizar seus servidores, principalmente recompondo a médio e longo prazo as perdas dos servidores historicamente relegados, e, ao mesmo tempo garantindo os investimentos sociais para a população. “Permitir uma revisão para diminuir a carga tributária”, considera o parlamentar. (Wesley Silas com informações da Assessoria do deputado Ricardo Ayres).