Por Wesley Silas
Representante da comissão dos aprovados no concurso da Polícia Militar, Luiz Carlos Morais, disse que nos últimos “quase dois anos de luta” a comissão tem mostrado exemplos de outros Estados que fizeram retificação do Edital e chamaram mais candidatos. “Fizemos uma prova com quase 45 mil inscritos, destes 3.300 tiveram redação corrigida e apenas 2.700 obtiveram êxito, mas apenas 1.600 foram convocados para as demais etapas e o restante ficaram de fora por causa de uma cláusula de barreira que há no Edital nos impedindo de seguir nas etapas. Enquanto a gente ver outros estados tirando as cláusulas de barreiras e convocando mais candidatos que tiveram êxito na redação”, disse.
Segundo Carlos mesmo entrando os 900 policiais, onde o Edital prevê 1.000, porém houveram desistências e candidatos que não conseguiram fazer todas as etapas o número de vagas não foi preenchido porque foi chamado 1,8 o número de vagas e ele defende que o correto seria, no mínimo 3 vezes o número de vagas.
“As etapas eliminam muitos candidatos e além das desistências muitos candidatos ficaram no caminho por reprovarem no TAF (avaliação da capacidade e do desempenho físico do candidato, por meio de exercícios que devem ser executados em determinado tempo), no psicotécnico, investigação social, exames médicos e, por fim o curso de formação”. Exemplificou. “O que a gente luta e busca é que haja esta retificação e a gente ver que há um déficit muito grande de policiais no Estado pois há uma lei Estadual que fixa 9.000 homens, porém a gente não tem nem um terço do que a Lei em vigência diz. Está cláusula de barreira dá para ser retificada porque temos os princípios da legalidade, da economicidade porque um novo concurso gera mais custo, além de ser mais demorado e burocrático”, acrescentou.
O representante da comissão diz que o governador Wanderlei Barbosa tem “boa vontade” de chamar os aprovados no concurso, mas a Procuradoria Geral do Estado defende a falta de legalidade para chama-los. “Há uma boa vontade do governador, porém ele não quer ser barrado nos meios jurídicos, enquanto a gente sabe que tem legalidade e por isso estamos correndo atrás porque o nosso concurso está em vigência”, disse.
Legalidade para nova convocação ou novo concurso
Durante a formatura do Curso de Formação de 958 Praças, o governador Wanderlei Barbosa anunciou que assinou a autorização para realização de um novo concurso público da Polícia Militar, com 50 vagas para Curso de Formação de Oficiais e 600 para Curso de Formação de Praças. “Abrimos um novo concurso e vamos analisar juridicamente se temos condições de chamar os cadastrados de reserva do atual concurso”, disse o governador, gerando assim uma esperança para os aprovados no concurso da Polícia Militar que não foram convocados.