Pelo menos 47 deputados respondem a ações penais (processos) na mais alta corte do país, dentre eles estão Alfredo Kaefer (PSL-PR acusado por formação de quadrilha, André Moura (PSC-SE) pelos crimes de de responsabilidade, formação de quadrilha e improbidade administrativa e Nelson Meurer (PP-PR) acusados pelos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores, corrupção passiva. Confira ao vivo a sessão para votar parecer de denúncia contra Temer:
Pela primeira vez na história, os deputados se reúnem nesta quarta-feira (2) para decidir se autorizam ou não o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar uma denúncia criminal contra o presidente da República. A condição de réu, da qual Michel Temer quer escapar, é uma realidade para um grupo significativo de parlamentares que atuarão como juízes no plenário. Pelo menos 47 deputados respondem a ações penais (processos) na mais alta corte do país. Desses, ao menos seis exercem o mandato mesmo condenados à prisão – inclusive um presidiário. Todos estão aptos a participar da votação.
O “corpo de magistrados” da Câmara é composto, ainda, por 71 deputados investigados na Operação Lava Jato, a mesma que motivou a denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção e arrastou o presidente para o centro da crise política. São citados em delações da Odebrecht e de ex-diretores da Petrobras. Réus e alvos de inquéritos (investigações preliminares que podem resultar na abertura de processos) na Lava Jato fazem parte da bancada suprapartidária dos parlamentares com contas a prestar à Justiça. Pelo menos 238 congressistas respondem a acusações criminais no Supremo. Desses, ao menos 190 são deputados que participarão da votação histórica da denúncia.
Como o tribunal conserva alguns casos ocultos, a tendência é que o total de suspeitos seja ainda maior.