Enquanto grupos políticos guerreiam com informações sobre quem é o pai da ideia do mutirão das cirurgias eletivas, para os doentes que encontram-se nas filas dos hospitais, o importante é que ela nasça e beneficie as 5,5 mil pessoas que aguardam na fila. Confira também quando inicia o mutirão de exames para as cirurgias e onde elas serão feitas.
por Wesley Silas
Nesta quarta-feira, 11, o governador Marcelo Miranda e o secretário de Saúde, Marcos Musafir, voltaram a defender que são progenitores do programa de cirurgias eletivas.
Para o governador Marcelo Miranda, as ações em parceria com o Ministério da Saúde, foram previamente, planejadas pela equipe da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e visam melhoraram a qualidade dos hospitais e valorizar os médicos, enfermeiros e demais profissionais da Saúde. “Encontramos uma estrutura deficitária em 2015. Então precisávamos investir primeiro em infraestrutura. Acabamos, por exemplo, com as tendas no HGP, mais que dobramos os leitos no hospital e também investimos no interior. Agora, este mutirão de cirurgias eletivas que é o resultado do esforço coletivo”, argumentou.
O secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, disse que a divulgação da realização das cirurgias eletivas estava prevista para ocorrer no final de abril. “Esta foi uma ação iniciada pela Secretaria desde março de 2016, em que toda a equipe trabalhou desde então, e afirmou que não importa o nome e sim o benefício à população”, reconhecendo que a medida provisória é importante.
As falas do governador Marcelo Miranda e do secretário de Saúde, Marcos Musafir, são respostas ao presidente da Assembleia, deputado Mauro Carlesse, quando foi governador interino e lançou o programa Opera Tocantins.
“O Programa “Opera Tocantins”, instituído por Medida Provisória, no dia 5 de abril, foi idealizado por nossa gestão. Determinamos a realização de mutirões, que já estão sendo preparados pela equipe da Secretaria de Saúde, nos 18 hospitais do Tocantins, para tirar do sofrimento mais 5 mil e 500 pacientes, alguns com mais de 5 anos de espera”, disse Carlesse por meio da nota publicada na segunda-feira.
Já o secretário de Saúde, Marcos Musafir, ressalta que as ações que culminaram no anúncio dos procedimentos cirúrgicos ocorreram após todo um trabalho de modernização da gestão administrativa na Secretaria de Estado da Saúde com conceito de governança, com as informações por meio da Sala de Situação, Integra Saúde, e da Regulação onde a lista de espera para cirurgias obedece a critérios nacionais e transparentes, por ordem cronológica e gravidade do estado de saúde do paciente.
“A SES fortaleceu, com apoio da Organização Pan-Americana, a regulação de pacientes eletivos para poder dar agilidade a este mutirão. Graças aos recursos captados pelo governador Marcelo Miranda e também das emendas parlamentares dos deputados e senadores para custeio. Uma portaria com investimentos do Ministério da Saúde de 2017 deu início ao mutirão das cirurgias. Tudo isso vem sendo discutido desde 2016. Neste tempo fizemos toda estratégia planejada para preparar as unidades hospitalares. Essa logística vem sendo trabalhada há meses com reuniões, onde foi construído todo o projeto para que o mutirão possa ocorrer. Com segurança para os pacientes” afirmou.
Quando acontece?
Segundo o secretário Marcos Musafir, até o início do mês de junho as cirurgias estarão sendo realizadas em dias, horários e turnos especiais, como finais de semana, períodos noturnos e feriados, a exemplo do mutirão de exames de média e alta complexidade realizados no Hospital Geral de Palmas (HGP) em 2017. “Estamos seguindo as determinações do Ministério da Saúde, fazendo um redimensionamento dos hospitais para aumentar a sua produção e a estratégia é levar para os hospitais do interior e da capital os mutirões e, assim, captar recursos de incentivo, como em todo o Brasil. Poderemos levar nossas equipes, pois os materiais já estão nos hospitais para realizar as cirurgias. Os pacientes são convocados pelos municípios de acordo com a ordem transparente da regulação e especialidade. A parceria município-estado é importantíssima porque cada município conhece seus pacientes. Então estes pacientes que estão na lista da regulação irão realizar avaliação médica e serão marcadas as cirurgias”. (Com informações da SES)