Dentre os 06 caminhões, três apresentaram documentos públicos com dados falso. As apreensões aconteceram no sábado, 24, após denúncia na Polícia Rodoviária Federal sobre os veículos transportando vagões ferroviários que estariam desviando da BR-153, via TO-080 que dá acesso a Barrolândia, com a intenção de escapar da fiscalização da Unidade Operacional da PRF e economizar com pagamento do frete.
por Wesley Silas
Sabendo que os veículos são obrigados a possuírem Autorização Especial para realizar o transporte pela BR-153, a equipe da PRF deslocou até o entroncamento das rodovias federal e estadual. No local, a PRF flagrou as seis carretas, transportando dois vagões ferroviários cada uma. Os vagões foram carregados em Ortolândia (SP) e seriam levados para São Luis (MA).
“Diante da situação, a equipe da PRF deu ordem de parada aos caminhões e verificando as suas AETs, a equipe constatou que não deveriam estar trafegando por essa rota. Os motoristas informaram que receberam ordens da empresa responsável pelo transporte da carga, para desviar das Unidades Operacionais da PRF, uma vez que alguns veículos da mesma empresa já tinham sido retidos por estarem trafegando com o mesmo tipo de carga e excedendo o peso permitido pela regulamentação”, informou a PRF.
Os caminhões foram obrigados a retornarem a UOP PRF de Paraíso do Tocantins/TO, local em que foram retidos até regularização.
“A equipe da PRF observou inconsistências entre os dados contidos na AET e as capacidades reais dos veículos com o objetivo de burlar a fiscalização. Foi observado inconsistência na documentação apresentada por três dos 6 caminhões abordados, devido possuírem dados falsos inserindo-se em documento público.
A PRF informou que as alterações tinham por objetivo conseguir autorização para transportar o segundo vagão e assim, a equipe economizar com pagamento do frete.
“É um fato que interfere diretamente na economia e geração de empregos, uma vez que não serão recolhidos corretamente os impostos, assim como impedirá a contratação de novos motoristas profissionais de caminhão, entre vários outros custos sociais. Vale destacar que o frete de um vagão custa em torno de R$ 18 mil”.
O caso foi repassado para Polícia Civil a fim de apurar se a empresa deu ordem expressa ao motorista para desviarem das Unidades Operacionais da PRF, bem como averiguar sobre a inserção de dados falsos em documento público. Práticas irregulares e que possuem evidente intuito de ampliar lucros.
Diante dos fatos, todos os caminhões foram retidos pela PRF e os condutores encaminhados para Delegacia da Polícia Civil.
Outros dois caminhões da mesma empresa e com a mesma carga também foram retidos no sábado pela equipe da PRF em Palmeiras do Tocantins, estes também apresentaram irregularidades. No decorrer do ano, vários outros caminhões da empresa foram flagrados na mesma situação ilegal.