por Wesley Silas
Quatro meses após os gurupienses e tocantinenses enfrentarem temperaturas com até 16ºC, o mês de setembro chegou com tempo seco, onde baixa umidade do ar, além de ser prejudicial à saúde, é um dos fatores de risco para o aumento dos incêndios florestais e a falta de chuva provoca níveis baixos nos reservatórios.
Em entrevista à TV Brasil pesquisador em hidrografia da Embrapa Cerrado, Jorge Werneck, lembra que o cerrado enfrenta vários problemas como o uso irregular do solo, como o crescimento da área agrícola com culturas irrigadas e na horticultura e, considerou como o mais preocupante a redução das chuvas.
“A gente monitora desde a década de 70, que é muito bem feito e preciso e são dados que a gente utiliza para pesquisa. Na década de 70 a média de chuva era de 1.500mm, enquanto a média dos últimos 20 anos é de, aproximadamente, 1.200mm na mesma estação e, além disso o período de seca se estendeu por volta de um a dois meses”, disse o pesquisador.
Por outro lado, o Inmet leva em consideração o fenômeno do El Niño na mudança do regime de chuvas quando aumenta a temperatura as águas dos oceanos que refletem no padrão dos ventos que vem para os continentes.
“É preciso esclarecer que o El Niño que é o aquecimento anômalo nas águas do pacífico equatorial ele consegue influenciar, principalmente, o clima na região sul e nordeste e, no entanto, quando o fenômeno está muito intenso em grau forte ele consegue modificar as características das chuvas em outras regiões (como a do Tocantins)”, disse a meteorologista do INMET, Morgana Almeida.