Por Wesley Silas
Paz!!! É o que todos nós precisamos neste agitado mundo louco…. Não temos tempos para nós mesmos e nem para as pessoas que amamos. É angustiante esta loucura em que todos pensam que têm a solução para os problemas alheios, com frase prontas e bonitinhas postadas nas redes socais. No entanto, as almas estão cheias de conflitos, aflições e sem respostas para os próprios problemas, pois não sabem o que realmente está acontecendo em sua volta ou dentro delas mesma. Vivemos uma geração depressiva, impaciente, permissiva, escrava do ter, descartável, do sorriso forçado e congelado no selfie, enquanto a alma se agonia, deprime e rivotriliza durante as noites.
Enquanto o tempo ainda não parou para a vida, precisamos parar o ônibus em algum ponto da nossa existência para repensarmos conceitos da virtude perdidos e valorizar as coisas simples, como o respeito recíproco ao próximo. Temos que amar a nós mesmos, valorizar a vida que Deus nos deu e, por sinal, ainda deixou o livre arbítrio – que muitos não sabe o que fazer com ele.
Voltando para o meu eu. Hoje eu agradeço a Deus por tudo, por não ter tornado um cidadão zumbi e sou capaz de olhar para o passado e perceber que hoje guardo dentro de mim coisas valorosas, inclusive a amizade, respeito e o conforto de me tolerar em tempos de angústias. Lembro no passado, não muito distantes, que um ventilador era para poucos em tempos de calor como o de hoje, beber refrigerante somente nos finais de semanas ou aniversário, todos saboreavam o ki suco naquela jarra brega que imitava um abacaxi e, nos finais de tarde gostávamos de ouvir dos mais velhos suas histórias, muitas vezes com uma pitada de aumento, mas todos riam em suas inocências e sem maledicência. O mundo evoluiu e hoje nos isolamos com nossos celulares e nos trancamos nas redes sociais, e quando sentamos nas portas de nossas casas nos assustamos quando uma pessoa passa com temor sermos assaltados, junto no momento em que batemos um papo virtual com quem está a nossa frente.
Lembro também que orgulhávamos das histórias de nossos pais quando contavam suas pelejas para manter a vida, como carregar sal e mantimentos em lombo de burro por centenas de quilômetros vindo o Maranhão para o Norte de Goiás. Não tinham geladeira, suas casas não tinha porcelanato, o luxo era cimento queimado, ar condicionado não imaginava, o carro de luxo era um cavalo bem arreado, e tinham o orgulho de mostrar na cintura o seu revólver Smith para se defender, o que hoje é crime. Evoluímos para a chevrolet C-10 e, hoje, a soberba (status) obriga o “cidadão” a ter suas Hilux top de linha, mesmo que lhe custe o incomodo das ligações do banco cobrando as prestações atrasas às custas da ostentação, enquanto outro optam pelo famoso finam e acabam virando celebridade nas colunas policiais.
A vida se tornou louca e desliza como uma gelatina entre os dedos da sociedade que não tem tempo para saboreá-la e me resta ter a sensação do músico quando ele diz “Parem o mundo que eu quero descer”. Minha opinião de hoje.
Wesley Silas – por um mundo melhor e mais humano. Sou jornalista e filho de Gurupi.