A parlamentar aproveitou o clima de comemoração do dia da Mulher para falar sobre o tema. “A maioria dos brasileiros acredita que não há punição para esse tipo de comportamento. Infelizmente, 30% das mulheres não acreditam que as leis brasileiras possam protegê-las”, destacou a parlamentar sobre a pesquisa realizada pelo Instituto Avon/Data Popular .
por Redação
“A cada 4 minutos, uma mulher é vítima de agressão; a cada uma hora e meia, ocorre um feminicídio no Brasil”. Foi citando os dados divulgados pela pesquisa realizada pelo Instituto Avon/Data Popular que a deputada federal Josi Nunes(MDB/TO) iniciou sua fala durante as breves comunicações na sessão não deliberativa desta terça-feira, 06.
A parlamentar aproveitou o clima de comemoração do dia 8 de março para falar sobre a violência contra a mulher. “Iremos comemorar mais um dia 8 de março, mas apesar de algumas conquistas a serem comemoradas, não podemos deixar de falar sobre um assunto preocupante: a violência contra a mulher. Mais de 43 mil mulheres foram assassinadas nos últimos 10 anos, boa parte delas por seus parceiros.
O Brasil é o sétimo no ranking de assassinato de mulheres, entre 84 países, e as mulheres de menor nível educacional são as mais agredidas”, citou.
Josi chamou a atenção para o aumento dos índices de violência moral e psicológica e também, para a questão da impunidade. “A violência física predomina, mas aumenta a violência moral e psicológica. A maioria dos brasileiros acredita que não há punição para esse tipo de comportamento. Infelizmente, 30% das mulheres não acreditam que as leis brasileiras possam protegê-las”, ressaltou.
Ao finalizar, Josi reforçou a importância da denúncia. “Não aceitem qualquer tipo de violência. Disquem 180 e denunciem o agressor. É importante que a mulher denuncie e que possamos trabalhar juntos em defesa das mulheres do Brasil”, finalizou.
Vale lembrar, que na pauta da Câmara Federal desta quinta-feira, 08, tem vários projetos de lei que visam garantir os direitos da mulher, entre eles, o requerimento que solicita a urgência do PL 6433/2013, que pretende dar mais efetividade à proteção da mulher vítima de violência doméstica.